BIDERMAN, Rachel;MACEDO, Laura Silvia Valente de;MONZONI, Mario;MAZON, Rubens.Guia de compras públicas sustentáveis: Uso do poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento sustentável.REALIZAÇÃO: ICLEI — Governos Locais pela Sustentabilidade, Secretariado para América Latina e Caribe (LACS) e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (GVces).
Citações Diretas
"Toda Vez que uma compra ou contratação pública é realizada são gastos recursos públicos para a aquisição de produtos ou contratações de serviços". Pág. 15
"A licitação sustentável é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos". Pág. 21
"Aquisições públicas podem ajudar a criar um grande mercado para negócios sustentáveis, aumentando as margens de lucro dos produtores por meio de economias de escala e reduzindo seus riscos. Além disso, as autoridades públicas, atores poderosos do mercado, podem incentivar a inovação e, conseqüentemente, estimular a competição da indústria, garantindo aos produtores recompensas pelo melhor desempenho ambiental de seus produtos, por meio da demanda do mercado ou de incentivos concretos" Pág.25
Citações Indiretas:
No Brasil o Governo é o misor comprador que movimenta cerca de 10% do PIB nacinal, nos maiores setores da economia, onde a compra de prodtuos e uso de serviços ligados a questões socioambientais crescem com muito êxito, visto que na própria legislação normativa brasileira há restrições por exemplo na compra de madeira da floresta amozônica, de forma clandestina. E o próprio Giverno já faz a promoção de licitações sustentávei, firmando um compromisso com as futuras gerações.
Por meio de decisões reponsáveis, com pouco tempo e recurso essa prática busca o estímulo aos fornecedores debens e serviços o entendimento e aceitação de um novo nicho, que é o do negócios sutentáveis aos compradores públicos locais e nacionais. Pois, seguindo essa prática uma das implicações seram os gastos extras nas compras que diminuirão, a fim de evitar deperdícios e economizar , sendo e excedente a ser reinvestido em outra área ou setor.
“Por meio dessa parceria, o Imaflora avalia e audita empreendimentos para obtenção da certificação FSC. O programa certifica o empreendimento florestal (empresa, produtor ou comunidade) que obtém seus produtos de acordo com o manejo sustentável (pg. 7).”
“As organizações certificadas pela NBR ISSO 14001 (ABNT, 2004) estão comprometidas com melhorias contínuas no desempenho ambiental; cumprimento de legislação ambiental; enfoque nos impactos ambientais significativos da organização e no trato com aqueles considerados mais substanciais; e a apresentação de relatório público sobre o desempenho ambiental da organização (BARBIERI, 2007) (pg. 8).”
CITAÇÕES INDIRETAS
Tendo em vista o conceito de desenvolvimento sustentável, disseminando-se fortemente nas últimas décadas, sobretudo após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (pg. 2).
Para as autoridades públicas as vantagens da licitação sustentável são: melhorias da imagem política pela demonstração do compromisso do estado com da qualidade ambiental; estimula com benefícios à economia local; minimização de custos com a economia em energia elétrica e água; redução da poluição do ar com uso de combustíveis mais limpo e promoção da educação ambiental, com iniciativas de políticas de conscientização sobre temas ambientais a comunidade (pg. 5).
A Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos: elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE PROCUREMENT TASK FORCE, 2006). (p. 4)
No Manual Procura+ (ProcuraPlus), guia sobre critérios de sustentabilidade no processo de compras públicas desenvolvido pelo ICLEI e muito utilizado por autoridades públicas em toda a Europa, licitações sustentáveis é definida como sendo “[...] as aquisições de produtos e serviços que resultarão em impactos positivos no âmbito social e no menor impacto ambiental” (ICLEI, 2007). A metodologia desenvolvida pelo ICLEI na Europa para o guia Procura+ prioriza seis grupos de produtos que possuem as seguintes características: causam maior impacto ambiental; comprometem a maior parte dos orçamentos públicos; podem ser inseridos em documentos de licitação; e apresentam alternativas equivalentes com melhor desempenho ambiental. Esses grupos são: construção civil, eletricidade, equipamentos de tecnologia da informação, ônibus, alimentação, produtos e serviços de limpeza. Os critérios do Procura+ estão fundamentados em pesquisas científicas e se tornou um modelo seguido em vários países desenvolvidos (ICLEI, 2009). (p. 4)
As vantagens da licitação sustentável para as autoridades públicas são: melhoria da imagem política pela demonstração do compromisso do governo com da qualidade ambiental; benefícios para a economia local; redução de custos com a economia em energia elétrica e água; redução da poluição do ar com uso de combustível mais limpo e promoção da educação ambiental, com aumento da conscientização sobre temas ambientais pela comunidade local. (p. 5)
Para os principais serviços, foram realizados estudos a fim de revisar processos de compras, resultando em 17 cadernos padronizados que receberam o selo socioambiental. Esses cadernos abarcam 60% dos serviços contratados pelo Governo do Estado de São e os servidores envolvidos no processo de licitação são obrigados a seguir as recomendações disponíveis nos cadernos dos principais serviços contínuos, observando os seguintes critérios socioambientais: fomento às políticas sociais; valorização da transparência da gestão; economia no consumo de água e energia; minimização na geração de resíduos; racionalização do uso de matérias-primas; redução da emissão de poluentes; adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e utilização de produtos de baixa toxicidade (COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS, 2010). (p. 12)
CITAÇÕES INDIRETAS
A licitação sustentável nada mais é do que as compras públicas sustentáveis, integra aspectos ambientais e sociais no processo de compra e contratação do governo. A licitação sustentável está sendo cada vez mais usado, devido a seus beneficios a longo prazo para o meio ambiente, há inclusive legislação que trata de aspectos socioambientais em diversos municípios e estados brasileiros.
“Está cada vez mais claro para a direção das empresas que, para serem globalmente competitivas e continuar assim, é preciso garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 07)
“Há poucos incentivos para se fazer investimentos específicos elevados em desenvolvimento (de processos, produtos e parceiros) e em ativos (máquinas e instalações), visando melhorar os padrões de qualidade, de logística e socioambientais, para atender às necessidades de clientes específicos” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p. 12).
“É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean Pet, diferentemente dos concorrentes, já estava tecnicamente preparada para atender à Suvinil” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p. 13).
“As pessoas, condomínios e escolas são orientados para separar o lixo de forma a facilitar a seleção e a acumulá-lo para reduzir o transporte” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.16).
“O desempenho superior em relação a outras cadeias de reciclagem se deve principalmente a posturas responsáveis de todos os seus elos, desde a BASF-Suvinil até o colaborador da comunidade” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.17).
“Organizações que pretendem utilizar matérias-primas recicladas em seus processos podem melhorar suas chances de sucesso considerando, em suas estratégias, os fatores críticos de sucesso detectados nesta pesquisa” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.19).
Citações Indiretas:
Uma atitude organizacional que avigora e aponta as concordatas socioambientais também seduz e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até modifica a postura de parceiros já tradicionais. De tal modo, a empresa consegue criar progressivamente as classes para superar as dificuldades à concretização de suas estratégias.
Os principais consumidores são aproximadamente dez, em sua maior parte sucateiros. Os clientes finais, como, por exemplo, a Suvinil, exigem volumes, qualidade e condições acima da capacidade da Reciclázaro. A associação está ciente do rendimento potencial de abolir intermediários e está buscando unir-se com outras ONGs para estabelecer uma Venda Solidária, isto é, comercializar grandes lotes e de máximo valor agregado para usufrutuários um degrau por cima na cadeia.
A ligação da cadeia se ampara, em termos, na boa vontade dos indivíduos que contribuem ou que ministram financeiramente para dar estabilidade à empresa. Visivelmente possuem outras estruturas, amparada apenas de acordo como o mercado, que se sustêm, mas não conseguem os mesmos resultados sociais e ambientais.
Há destaques de que o fundamental fator de sucesso foi à visão estratégica, a iniciativa e capacidade gerencial das lideranças empresariais da BASF-Suvinil, Clean Pet e Associação Reciclázaro. As lideranças destas empresas tiveram relevância fundamental na avaliação das perspectivas da sociedade e no surgimento de um espaço propício à inovação e à pro-atividade com comprometimento de seus liderados e parceiros. Este ambiente é indicado com exemplos das lideranças, políticas, regras e estímulos corretamente divulgados.
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 02).
“Uma crítica frequente às concepções tecnológicas desse movimento baseia-se na suspeita de que ele contribuiria para congelar as diferenças entre países pobres e ricos, constituindo, instrumento dos últimos para manter os seus privilégios” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 05).
“Para a FBB a palavra tecnologia é entendida como “manifestação do conhecimento”, que pode ser um processo, método, técnica, produto ou mesmo um artefato, desenvolvido pelo meio acadêmico, pelo Estado ou proveniente do “saber popular”” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 09).
“Capital social, segundo Durston (2000), é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p.11).
“Enquanto a tecnologia social baseia-se no capital social, na economia solidária e na capacidade das comunidades locais de superarem seus próprios problemas, as tecnologias para a base da pirâmide baseiam-se nos recursos, no poder e na capacidade das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias [...]”(Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 23).
Citações Indiretas:
O ponto da tecnologia adequada é conceituá-la por forma das especialidades que ela necessita oferecer. Os predicados citados com mais freqüência são os consequentes: baixo investimento por posto de trabalho, baixo capital investido por unidade lançada, potencial de criação de empregos, simplicidade, pequena escala de produção, alto nível de adequabilidade ao ambiente sociocultural, auto-suficiência local e regional, economia na utilização de recursos naturais, prioridade pelo uso de recursos renováveis e controle social.
A inquietação com procedimento de produção da tecnologia social, ainda que não abstraia aparências gerenciais, volta-se com prioridade para a emancipação dos atuantes envolvidos, tendo no centro os produtores e usuários dessas tecnologias. De outra maneira, a tecnologia social insinua a construção de saídas de forma coletiva pelos que irão favorecer essas soluções e que operam com autonomia, ou seja, não são apenas usuários de soluções envolvidas ou produzidas por especialistas.
A pirâmide é uma maneira comum para bancar uma sociedade decomposta em classes sociais, na qual a menor quantia da população posicionada na cúpula detém a maior parte da riqueza e renda, enquanto a maioria fica na base possui uma parte menor em termos de riqueza e renda. Portanto, ao proferir base da pirâmide trata-se à maioria da população que em termos gerais é a menos beneficiada no processo de crescimento econômico e social. Globalmente falando, são bilhões de indivíduos que convivem precariamente, a maior parte fora dos países capitalistas ricos.
Jerusa J. Bezerra dos Santos. A Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos: elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE PROCUREMENT TASK FORCE, 2006).(pág .04)
As vantagens da licitação sustentável para as autoridades públicas são:melhoria da imagem política pela demonstração do compromisso do governo com da qualidade ambienta; benefícios para a economia local; redução de custos com a economia em energia elétrica e água; redução da poluição do ar com uso de combustível mais limpo e promoção da educação ambiental, com aumento da conscientização sobre temas ambientais pela comunidade local. (pág.05).
Para os principais serviços, foram realizados estudos a fim de revisar processos de compras, resultando em 17 cadernos padronizados que receberam o selo socioambiental. Esses cadernos abarcam 60% dos serviços contratados pelo Governo do Estado de São e os servidores envolvidos no processo de licitação são obrigados a seguir as recomendações disponíveis nos cadernos dos principais serviços contínuos, observando os seguintes critérios socioambientais: fomento às políticas sociais; valorização da transparência da gestão; economia no consumo de água e energia; minimização na geração de resíduos; racionalização do uso de matérias-primas; redução da emissão de poluentes; adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e utilização de produtos de baixa toxicidade (COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS, 2010). (pág. 12)
A licitação sustentável de compras públicas direciona aos aspectos socioambientais de compra do governo. A licitação é um processo de benefício quê dispõe de leis favoráveis ao meio ambiente e eleva a imagem do governo, seja municipal estadual e federal.
“As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos” (Pág. 03).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e originários de pós-consumo” (Pág.04).
“Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais” (Pág. 10).
CITAÇÃO INDIRETA
O objetivo do estudo é mostrar os fatores críticos de sucesso para a criação de um processo sustentável de reciclagem que envolve a coordenação de muitos agentes econômicos e sociais. Para tal foi realizado um estudo exploratório de um caso que trouxe ganhos para todos os grupos de interesse, em especial para a sociedade. De um modo geral, o trabalho trás questões como: barreiras encontradas, como foram superadas e extrai evidências sobre os fatores críticos de sucesso, sendo eles: visão estratégica e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada e estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada distribuição. No começo da década de 2000 a BASF, uma multinacional do ramo químico, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para dar andamento ao novo processo de produção. A partir daí a empresa desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduziu custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais, além de contribuir para ações sociais. Foi por este motivo que esta empresa foi escolhida para ser o objeto de estudo, pois superou problemas que seus concorrentes não conseguiram superar. A logística reversa de bens de pós- consumo descartável é um dos pontos principais do referencial teórico do texto, nesse caso, se houver condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de reciclagem industrial, no qual os materiais são reaproveitados e se fundam em matérias- primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo, no caso de não haver tais condições mencionadas, os produtos encontram seu destino final, ou seja, os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética. Neste caso, com a análise dos resultados pode-se perceber que o principal fator de sucesso foi a visão estratégica, a iniciativa e a capacidade gerencial dos líderes das empresas BASF-Suvinil, Clean Pet e Associação Reciclázaro. Há também evidencias de que essas organizações conseguiram construir uma estrutura de logística reversa sustentável, pois os agentes têm remuneração apropriada, a escala alcançada dá incentivos suficientes para se buscarem estruturas cada vez mais organizadas e formais e os compradores finais dão segurança aos outros agentes. No caso estudado, criou-se uma rede em que praticamente todos os elos eram estruturas empresariais que buscavam eficiência e eficácia em suas atividades dentro de padrões de conduta socialmente responsáveis.
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social” (Pág. 02).
“Uma crítica freqüente às concepções tecnológicas desse movimento baseia-se na suspeita de que ele contribuiria para congelar as diferenças entre países pobres e ricos, constituindo, instrumento dos últimos para manter os seus privilégios” (Pág. 05).
“A definição do ITS (2004) aponta os elementos fundamentais para a caracterização dessa concepção de tecnologia: é desenvolvida e praticada na interação com a população e apropriada por ela” (Pág. 08).
“A RTS foi lançada em abril de 2005 com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável mediante a difusão e a reaplicação em escala de tecnologias sociais” (Pág.10).
CITAÇÃO INDIRETA
O artigo discute os conceitos concernentes à tecnologia social em meio a globalização, em contraposição às propostas que defendem a adoção, pelas multinacionais, de estratégias organizacionais focadas na base da pirâmide social. O estudo é realizado através de um estudo de caso, previamente selecionado no banco de tecnologias sociais mantido pela Fundação Banco do Brasil, sendo também uma pesquisa de caráter qualitativo. Diversas propostas e concepções tecnológicas denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais. Esse movimento discutia a tecnologia dentro de considerações mais amplas do que a abordagem dominante, na época, na qual prevalecia a avaliação econômica e técnica realizada sob a ótica do capital. Essas concepções perderam força na década de 1980 devido a globalização e intensa competitividade entre países, regiões e empresas. Vale ressaltar que este movimento foi alvo de diversas críticas, pois para muitos autores a tecnologia apropriada era importante somente para que países pobres não aumentasse seu consumo, para desta forma poder sustentar o elevado padrão de consumo de países ricos. Porém, com as consequências deixadas em termos de exclusão social e degradação ambiental, o movimento renasceu sob a denominação de tecnologias sociais, com amplo apoio de agências das Nações Unidas, de governos e da sociedade civil. No estudo em questão, o objeto de estudo é uma minifábrica de castanha de caju,no município de Pascoal-CE, a entidade responsável pelo desenvolvimento da tecnologia é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical. A tecnologia social desenvolvida, permite que produtores de castanha de caju sejam capazes de autogerir uma minifábrica, pois eles mesmos fazem o beneficiamento de das castanhas, deixando a agregação de valor com os próprios produtores e não mais com os intermediários e industrias mecanizadas. Com isso, os produtores deixam de vender o kg da castanha para os atravessadores por R$ 1,60 o kg e passam a vender por cerca de 4,00 dólares o kg para que o produto seja exportado. As minifábricas com tecnologia Embrapa fazem parte do Módulo Agroindustrial Múltiplo, projeto criado para agrupar pequenos processadores de castanhas a uma unidade central, onde os trabalhos de embalagem, armazenagem e comercialização de amêndoas seriam otimizados. Como resultado para a comunidade, tem-se que produzindo em associação, já conseguiram exportar 15 toneladas de amêndoas para os Estados Unidos, pois organizados em módulos é possível fechar um contêiner em 30 dias, se fosse para trabalhar isoladamente seria impossível a esses produtores competir no mercado externo.
O aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas. As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET],especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos. Há inúmeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos. São pequenas cooperativas de catadores, associações de classe, entidades filantrópicas, igrejas e outras ONGs. Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzi-los. Neste estudo nos interessa a logística reversa de bens de pós-consumo descartáveis. Nesse caso, “havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20). A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada, classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo no longo prazo deve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminem na “disposição final”, poluindo o meio ambiente. Estas condições foram levantadas por Leite (2003, pp. 91-94). As decisões estratégicas sobre as cadeias de reciclagem, por sua vez, afetam cada vez mais a competitividade das empresas, na medida em que há mais opções e as consequências de uma escolha são maiores. As atitudes, valores e ações da alta administração tenderão a formar a cultura em qualquer organização. Em particular, o executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42).
TEXTO 2 Diversas propostas e concepções tecnológicas genericamente denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais. Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se acalorado no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o processo de degradação ambiental. Na realidade, a nova competitividade baseada em inovações organizacionais, alianças estratégicas e incorporação sistemática de novas tecnologias intensivas em P&D não deixou espaço para que outros tipos de propostas prosperassem, tornando-se o discurso e a prática empresarial e governamental dominantes. A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias. Com base em debates e em amplo mapeamento promovido pelo ITS, as ideias a respeito da tecnologia social foram agrupadas em três categorias: princípios, parâmetros e implicações. No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentes de iniciativas meramente paliativas como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências possam ser uma base para a reconstrução do tecido social.
Lívia Fernanda Torres dos Santos 6º semestre Texto 1: Fatores críticos de sucesso para a criação de um processo inovador sustentável de reciclagem: Um estudo de caso CITAÇÕES DIRETAS Havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20)(p.936).. Um dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros (Leite, 2003, p. 17). ONGs, além de pressionar empresas e governos, procuram cada vez mais também oferecer soluções para serem desenvolvidas por meio de parcerias (Porter & Linde, 1995)(p.938). As decisões estratégicas sobre as cadeias de reciclagem, por sua vez, afetam cada vez mais a competitividade das empresas, na medida em que há mais opções e as conseqüências de uma escolha são maiores. No sentido de auxiliar essas decisões, Pagell, Wu e Murthy (2007) (p.938). As atitudes, valores e ações da alta administração tenderão a formar a cultura em qualquer organização. Em particular, o executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42)(p.939).
CITAÇÕES INDIRETAS A empresa conseguiu alcançar seus objetivos traçados, superou as barreiras viabilizando um projeto inovador, que envolveu a criação de uma cadeia de reciclagem, gerando benefícios econômicos, sociais e ambientais. O fator de sucesso do projeto foi a visão estratégica, a iniciativa e a capacidade gerencial. As organizações envolvidas conseguiram construir uma estrutura de logística reversa sustentável. As pessoas envolvidas possuem remuneração adequada; a escala alcançada dá incentivos suficientes para se buscarem estruturas cada vez mais organizadas e formais e os compradores finais; dão segurança aos outros agentes.
Percebe-se evidências de que a reputação das organizações envolvidas e as condições definidas e impostas criaram as garantias e os incentivos necessários para atrair e manter os parceiros adequados aos objetivos da cadeia.
Organizações que pretendem utilizar matérias-primas recicladas em seus processos podem melhorar suas chances de sucesso considerando, em suas estratégias, os fatores críticos de sucesso detectados.
Texto 2: A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável
CITAÇÕES DIRETAS Para Willoughby (1990) tecnologia apropriada pode ser definida em termos de princípios gerais. Nesse caso, a palavra apropriada significa que a tecnologia deve se ajustar ou se adaptar a algum propósito ou uso específico (p.1072). Para muitos, tecnologia apropriada é sinônimo de tecnologia atrasada, superada pelos avanços sistematicamente proporcionados pela incorporação de novos conhecimentos gerados pelas atividades de P&D (p.1073). A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias (p.1075). Capital social, segundo Durston (2000), é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis (p.1079). O argumento de Prahalad (2005) que faz enorme sucesso no ambiente empresarial é o seguinte: a base da pirâmide é um mercado muito promissor e deve ser alvo das estratégias corporativas, pois conta com uma população enorme, que embora tenha receitas individuais diminutas, gera um montante global significativo (p.1080).
CITAÇÕES INDIRETAS Na economia solidária e na capacidade das comunidades locais de superarem seus próprios problemas, as tecnologias para a base da pirâmide baseiam-se nos recursos, no poder e na capacidade das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias, elas possuem a meta de: perseguir permanentemente novas oportunidades de negócio onde quer que estejam, criando os meios apropriados para isso. A tecnologia social pode ser mais produtiva e gerar produtos com mais qualidade do que a tecnologia industrial convencional operada por grandes empresas. Pois grande parte do fracasso das iniciativas do movimento da tecnologia apropriada deveu-se a falta de uma preocupação com essas questões, quando comparadas com os desempenhos elevados em termos de produtividade e qualidade proporcionados pela adesão maciça das empresas ao movimento da qualidade. O movimento corre o mesmo risco observado com o que lhe antecedeu se não der atenção a esses parâmetros de gestão. E não se trata de render-se aos imperativos de mercado, mas uma exigência que decorre da necessidade de usar os recursos naturais da melhor forma possível, evitando todo tipo de desperdício. É importante a interação entre diversas instituições, para privilegiar os elos que são mais fracos da cadeia produtiva.
Uma das características mais peculiares da rede de reciclagem analisada é a de ter sido construída por meio de parceria entre uma empresa multinacional, pequenas indústrias de reciclagem mecânica de plásticos e organizações não governamentais que integram catadores de lixo.(pág 06) Um dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (pág 06) As organizações devem estar atentas e prontas para aproveitar oportunidades que surgem a todo o momento, antes que algum concorrente o faça. Muitas iniciativas empresariais sócio ambientais que não eram viáveis há pouco tempo, por problemas tecnológicos, econômicos ou comerciais,passam a sê-lo na medida em que o contexto muda e surgem consumidores dispostos a pagar, fornecedores oferecendo novos materiais e tecnologias. De todo o PET reciclado no Brasil, 16% tem como destino o reprocessamento químico (ABIPET, 2006). Isto equivale a aproximadamente 27.800 toneladas/ano em 2005. A unidade de análise deste texto foi responsável pela reciclagem de aproximadamente 2.500 toneladas de PET neste mesmo ano. É provável, também, que tenha criado a base para o reaproveitamento similar de alguns milhares de toneladas a mais. No trabalho apresentado a cadeia de fornecimento estudada se insere na estrutura essa estrutura já existia antes do início do Projeto PET, mas não atendia às necessidades da Suvinil. Para alcançar seu objetivo a empresa influenciou, direta ou indiretamente. Após o contato inicial entre a Suvinil e a Clean Pet, iniciou-se um processo de desenvolvimento de padrão de qualidade que envolvia principalmente a cor e a umidade do PET fornecido. Surpreendentemente, a Clean Pet já possuía, entreos diversos padrões que produzia, um que superava as necessidades da Suvinil. Este padrão era o destinado à IMPLAL, sua controladora. Assim, já que a Clean Pet era tecnicamente capaz, o desenvolvimento se concentrou na adequação da relação qualidade-custo e na logística.É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean. Dentro do escopo deste trabalho, aprofundou-se a análise de como a Clean Pet conseguiu montar uma rede de abastecimento de garrafas e embalagens PET com padrão de qualidade suficiente para viabilizar seus próprios padrões de qualidade e de preservação ambiental. O primeiro desafio foi o da qualidade. A qualidade do material recebido pela Clean Pet impacta o seu processo produtivo de várias formas. Material muito sujo requer maior trabalho de seleção manual, aumenta o consumo de água,aumenta a quantidade de lama na estação de tratamento, diminui a eficiência do processo como um todo e aumenta os riscos de má qualidade.
Há inumeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos ( GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008, p.2)
De acordo com Giovannini e Krugliankas (2008,p. 2)o probelama de reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzi-los.
Uma das características mais peculiares da rede de reciclagem analisada é a de ter sido construída por meio de parceria entre uma empresa multinacional, pequenas indústrias de reciclagem mecânica de plasticos e organizações não governamentais que integram catadores de lixo ( GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008, p.6)
Um dos problemas enfrentados para criar uma cadeia para os produtos reciclaveis, é o da logistica reversa, tendo vista que não há condições logisticas, tecnológicas e econômicas para os produtos de pós-consumo (GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008)
Segundo os autores, a idéia de que as empresas precisam ter preocupação estratégica na questão ambiental é fundamental para se manter competitivas em uma area mais global.
As ONGS, além de fazerem pressão e tentar obter respostas positivas na questão ambiental pelo governo, estão buscando parcerias para a solução das barreiras encontradas.
TEXTO 02
Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvida na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social (RODRIGUES, BARBIERI, 2008, p. 2)
Rodrigues e Barbieri (2008 p. 4) certos atributos ambientais foram incorporados em diversos modelos de gestão e de tecnologia, a exemplo do modelo de gestão ambiental denominado produção mais limpa (cleaner production) desenvolvido pelo Pnud e Onudi nos anos 1990, entre tantos outros.
Para muitos, tecnologia apropriada é sinônimo de tecnologia atrasada, superada pelos avanços sistematicamente proporcionados pela incorporação de novos conhecimentos gerados pelas atividades de P&D.
O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se intenso no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o processo de degradação ambiental.
Na realidade, a nova competitividade baseada em inovações organizacionais, alianças estratégicas e incorporação sistemática de novas tecnologias intensivas em P&D não deixou espaço para que outros tipos de propostas prosperassem, tornando-se o discurso e a prática empresarial e governamental dominantes.
GILMARCOS JACQUES DE LIMA Administração – UFMS 6º semestre
SOBRE O TEXTO: Fatores Críticos de Sucesso para a Criação de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso. SEGUE ABAIXO CITAÇÕES DIRETAS:
“O aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas. As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 933)
“Como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 934)
“Um dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 936)
“A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo no longo prazodeve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminemna “disposição final”, poluindo o meio ambiente.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 936)
“Disponibilidade de material apropriado para reciclagem, isto é, abastecimento constante, nos volumes necessários para a produção e com qualidade adequada (Dobos & Richter, 2004, 2006; Listes & Dekker, 2005).” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 939)
“O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional da reciclagem. É líder na reciclagem de latas de alumínio e está em terceiro lugar na reciclagem mecânica de plásticos (Franco, 2005). Infelizmente esta liderança não se deve apenas a bons motivos. É também reflexo de situações de carência em que vivem muitas pessoas.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 940)
“A Associação Reciclázaro cria condições incluem a geração de renda, a reestruturação social e a reestruturação familiar. O objetivo é uma ação sustentável e não assistencialista.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 945).
“A cadeia de reciclagem precisa ter sentido econômico para se sustentar no longo prazo.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 949).
Citação Direta: “A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais.” (Pág. 04) “Este texto se baseia em estudo de caso único, exploratório (ou descritivo).” (pág. 04) “A unidade de análise é a cadeia de fornecimento que tem como elo comum a unidade empresarial de tintas imobiliárias da BASF-Suvinil.” (Pág. 05) “A revisão bibliográfica segue três vertentes que se entremeiam: a estruturação de cadeias de logística reversa, a relação da reciclagem com a estratégia empresarial e a operacionalização das estratégias que envolvem reciclagem.” (Pág. 06) “havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20).” (Pág. 06)
“Está cada vez mais claro para a direção das empresas que, para serem globalmente competitivas e continuar assim, é preciso garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia.” (Pág. 07)
“No que se refere à operacionalização das estratégias, a postura das lideranças é fundamental.” (Pág. 09)
“Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a organização consegue criar progressivamente as condições para superar as barreiras à concretização de suas estratégias.” (Pág. 10)
“a oportunidade de conseguir uma vantagem econômica e, ao mesmo tempo, alcançar melhorias ambientais e sociais, motivou a equipe e abriu espaço para a sua atuação e experimentação dentro e fora da organização.” (Pág. 11)
“Pode-se afirmar que a imposição de critérios socioambientais nas formas de avaliação de fornecedores e colaboradores é um fator crítico de sucesso desta cadeia.” (Pág. 17)
Citação Indireta: No começo do trabalho, é evidenciado de forma ampla o histórico de garrafas PET no Brasil e a porcentagem que era reciclada, sendo esse valor ínfimo perto da quantidade que era produzida. Esse histórico foi feito pelo fato, de que o estudo de caso realizado pelos autores, trata da importância que essas garrafas possuem no processo de produção da empresa BASF, multinacional da indústria química, e da dificuldade que essa organização enfrentou para conseguir o material reciclado. Em seguida, faz uma revisão bibliográfica em torno do assunto estudado, afirmando a importância da conscientização por parte dos gestores e como eles conseguem influenciar o restante dos colaboradores da organização. Além do mais, ressalva o poder que os consumidores possuem para cobrar que as empresas se preocupem mais com o meio ambiente, e uma das formas que os consumidores possuem para fazer isso, segundo o texto, é dando prioridade nas suas compras quando a empresa for ambientalmente correta, com isso, a concorrência perceberá o diferencial e passará a agir da mesma maneira. Os autores fizeram um histórico geral de como a empresa Suvinil e a Clean Pet se conheceram e como realizaram um acordo, pensando sempre na qualidade do produto fornecido, no meio ambiente e na confiabilidade transmitida entre elas. Ressalta também como a Clean Pet se relaciona com a sua fornecedora Associação Reciclázaro, e o porque essa foi um dos fornecedores escolhidos, demonstrando que, a cadeia como um todo possui uma preocupação não apenas ambiental, mas também social. Com isso, ficou evidente que o sucesso dessas parcerias se deu por causa da visão e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada, estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada distribuição.
GILMARCOS JACQUES DE LIMA Administração – UFMS 6º semestre
SOBRE O TEXTO: A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. SEGUE ABAIXO CITAÇÕES DIRETAS:
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1070).
“Diversos foram os motivos que propiciaram o surgimento do movimento da tecnologia apropriada (TA) nas décadas de 1960 e 1970. Entre esses motivos estava o desencanto e o ceticismo em relação aos processos de desenvolvimento praticados até então.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1071).
“A discussão sobre tecnologia nesses ambientes, via de regra, teve como base as tecnologias dos países desenvolvidos. As políticas públicas nos países não desenvolvidos visavam reduzir o atraso, daí a expressão política catching up”
“O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se acalorado no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o processo de degradação ambiental.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1073).
“A ênfase no processo de produção da tecnologia é central para o conceito de tecnologia social. Aqui cabe um esclarecimento: no ambiente das tecnologias convencionais e muitas correntes da tecnologia apropriada também se verifica uma grande preocupação com o processo de produção da tecnologia.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1075).
“A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1075).
“As graves conseqüências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser compensadas por projetos paternalistas e compensatórios.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1079).
“O consumo cresce e com ele aumentam a emissão de poluentes, a demanda por energia, a geração de resíduos, alterando significativamente o clima do planeta. Se essa tendência se mantiver e a população atingir 10 bilhões até 2050, haverá a extinção dos recursos naturais.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1081).
“Se não der atenção a esses parâmetros de gestão. E não se trata de render-se aos imperativos de mercado, mas uma exigência que decorre da necessidade de usar os recursos naturais da melhor forma possível, evitando todo tipo de desperdício.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1092).
Nivaldo de Souza Chaves Jr – 6° Semestre Texto: Inovação Sustentável
CITAÇÕES DIRETAS “No começo da década de 2000 a BASF, multinacional da indústria química, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para viabilizar novo processo de produção. A partir de uma necessidade corporativa, com intuito de ser mais competitiva no mercado, a BASF desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações sociais (p. 934).”
“A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais (pg. 934).”
“A escolha consciente de casos excepcionais é procedimento adequado para o estudo de caso, em função da oportunidade de se entender dinâmicas específicas, mas que podem trazer importantes lições para situações similares (Yin, 1994, p. 39) (p. 935).”
“A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada − classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo − no longo prazo deve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminem na “disposição final”, poluindo o meio ambiente (pg. 936).”
“Na indústria automobilística, por exemplo, o maior uso de plásticos e metais não ferrosos cria oportunidades de ganhos ambientais e econômicos pelo uso de modelos mais integrados de decisão sobre o projeto dos produtos, as cadeias de reciclagem e a tecnologia de recuperação dos materiais (Williams et al., 2007) (p. 938).”
“A tecnologia de transformação de flocos de PET reciclado em resina estava praticamente desenvolvida, mas dependia da definição de um padrão viável de qualidade de matéria-prima reciclada para ser implementada. Ao mesmo tempo, sua adoção em regime de produção contínua dependia da viabilidade do fornecimento dentro deste padrão de qualidade, de logística e de volume. A solução surgiu da persistência de um grupo de pessoas da Suvinil que, de acordo com a estratégia da empresa, procurou a redução de custo sem descuidar dos aspectos socioambientais (pg. 941).”
“Ficou claro que as características da liderança da IMPLAL e, por conseqüência da Clean Pet, tiveram forte influência sobre a capacitação desta última, confirmando, assim, as colocações de Porter e Linde (1995) e de Bennett et al. (1993), citadas anteriormente. O fato de que a Clean Pet se diferencia claramente de seus concorrentes em qualidade e em atuação responsável social e ambiental é uma evidência da influência que têm as iniciativas de suas lideranças (pg. 943).”
“O mercado de tintas e o de reciclagem de PET são competitivos e, portanto, o Projeto PET teve algum diferencial para se tornar um sucesso em todas as dimensões analisadas (pg. 948).”
CITAÇÕES INDIRETAS O objetivo do estudo é mostrar os fatores críticos de sucesso para o desenvolvimento de um processo sustentável de reciclagem envolvendo a coordenação de muitos agentes econômicos e sociais. Sendo efetuado através de uma pesquisa exploratória de um caso excepcional que trouxe ganhos para todos os stakeholders, em especial para sociedade (p. 932).
O estudo traz como problema de caso o aumento do consumo de alimentos industrializados, o qual, acarreta o acumulo de grande volume de embalagens descartadas. Em específico as embalagens de polietileno tereftalato (PET), representando volume expressivo e tornando um problema ambiental sob vários aspectos (p. 933).
O trabalho teve como origem um estudo anterior sobre o tema abordado, inovação, desenvolvido na FEA-USP em 2005, o qual serviu neste trabalho como pesquisa exploratória preliminar (p. 935).
A Associação Reciclázaro surgiu há 9 anos pela iniciativa de um padre da Igreja católica – estrutura de coleta abastecida pelos fiéis e por outras pessoas da comunidade, diariamente dezenas de carros e utilitários param em frente à igreja para descarregar materiais já parcialmente separados, representando 70 a 80% da coleta da organização (p. 945).
"Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzí-los. Apesar de difícil quantificação, é preciso levar em consideração os balanços energéticos e de recursos (água, veículos, equipamentos, pessoas) necessários para a cadeia de reciclagem. É um problema de logística reversa que envolve aspectos sociais e ambientais, como se verá adiante. Essa cadeia deve ser planejada e organizada para mitigar os impactos negativos e gerar impactos positivos no ambiente." (pág. 933)
"A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais." (pág. 934)
"Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a organização consegue criar progressivamente as condições para superar as barreiras à concretização de suas estratégias." (940)
"O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional da reciclagem. É líder na reciclagem de latas de alumínio e está em terceiro lugar na reciclagem mecânica de plásticos (Franco, 2005). Infelizmente esta liderança não se deve apenas a bons motivos. É também reflexo de situações de carência em que vivem muitas pessoas. Assim, qualquer solução de reciclagem deste tipo de produto deve passar pela análise de seus impactos sociais em função da importância da atividade para pessoas carentes e pelo impacto ambiental secundário da atividade dessas pessoas." (940)
CITAÇÕES INDIRETAS
Fatores críticos para o sucesso so projeto que interligava o mercado de tintas e o de reciclagem de PET foram sugeridos na revisão bibliográfica e que foram confirmados no caso estudado. Estes fatores são visão e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada e estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada distribuição.
No Brasil, as compras e contratações realizadas pelos órgãos governamentais movimentam cerca de 10% do PIB (ICLEI, 2009) e mobilizam setores importantes da economia que se ajustam às demandas previstas nos editais de licitação. Portanto, é fundamental que aspectos de sustentabilidade social e ambiental sejam considerados na utilização dos recursos públicos.
Os PET reciclado no Brasil, 16% tem como destino o reprocessamento químico (ABIPET, 2006). Isto equivale a aproximadamente 27.800 toneladas/ano em 2005. A unidade de análise deste texto foi responsável pela reciclagem de aproximadamente 2.500 toneladas de PET neste mesmo ano. É provável, também, que tenha criado a base para o reaproveitamento similar de alguns milhares de toneladas a mais
“As pessoas, condomínios e escolas são orientados para separar o lixo de forma a facilitar a seleção e a acumulá-lo para reduzir o transporte” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.16).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e originários de pós-consumo” (Pág.04).
Os executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42).
A Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos: elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE PROCUREMENT TASK FORCE, 2006).
"Outra abordagem à questão da tecnologia apropriada é conceituá-la por meio das características específicas que ela deve apresentar. Os atributos citados com mais freqüência são os seguintes: baixo investimento por posto de trabalho, baixo capital investido por unidade produzida, potencial de geração de empregos, simplicidade organizacional, pequena escala de produção, alto grau de adaptabilidade ao ambiente sociocultural, auto-suficiência local e regional, economia no uso de recursos naturais, preferência pelo uso de recursos renováveis e controle social. (pág. 1072)
"Aqui cabe um esclarecimento: no ambiente das tecnologias convencionais e muitas correntes da tecnologia apropriada também se verifica uma grande preocupação com o processo de produção da tecnologia, como se pode observar pela intensa produção de textos sobre esse assunto na literatura sobre inovação tecnológica. Porém, tal preocupação está voltada para a busca de eficiência dos projetos de P&D e de inovação, envolvendo gerenciamento de equipes, resolução de conflitos, priorização e seleção de projetos, melhoria da interação com outros autores do sistema nacional e local de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), entre outras questões gerenciais." (pág. 1075)
"Outra instituição que tem atuado na área de tecnologia social é a Fundação Banco do Brasil (FBB). Para a FBB a palavra tecnologia é entendida como “manifestação do conhecimento”, que pode ser um processo, método, técnica, produto ou mesmo um artefato, desenvolvido pelo meio acadêmico, pelo Estado ou proveniente do “saber popular”." (pág. 1077)
"“As graves conseqüências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser compensadas por projetos paternalistas e compensatórios.” (pág. 1079)
CITAÇÕES INDIRETAS
O conceito de tecnologia social dado pelo texto não condiz com as propostas desses autores em todos os parâmetros de análise, como a razão de ser da tecnologia, os processos de tomada de decisão, o papel da população, a apropriação dos conhecimentos gerados, entre outros. A tecnologia social baseia-se no capital social, na economia solidária e na capacidade das comunidades locais de resolverem seus próprios problemas, as tecnologias para a base da pirâmide estão ligadas aos recursos, no poder e na capacidade das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias, o papel dessas empresas é perseguir novas oportunidades de negócio onde quer que estejam, criando os meios apropriados para tanto.
A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável
Existem Diversas propostas e concepções tecnológicas genericamente denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais. Um dos méritos desse movimento foi discutir a tecnologia dentro de considerações mais amplas do que a abordagem dominante, na qual prevalece a avaliação econômica e técnica realizada sob a ótica do capital. Essas concepções perderam força na década de 1980 diante dos processos de globalização da economia, conduzidos por intensa competitividade entre países, regiões e empresas. Porém, com as seqüelas deixadas em termos de exclusão social e degradação ambiental, o movimento ressurgiu, agora sob a denominação de tecnologias sociais, com amplo apoio de agências das Nações Unidas, de governos e de parte da sociedade civil.
O que se nota atualmente sobre tecnologia nesses ambientes, via de regra, teve como base as tecnologias dos países desenvolvidos. As políticas públicas nos países não desenvolvidos visavam reduzir o atraso, daí a expressão política catching up, muito usada para caracterizar as políticas científicas e tecnológicas desses países, que nutriam se da idéia da existência de um determinismo tecnológico resultante de uma ciência e tecnologia entendida como atividade neutra, cujo desenvolvimento não estaria condicionado por interesses e valores particularizados, já que esse desenvolvimento apresentaria um único sentido.
A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias. Dito de outro modo, a tecnologia social implica a construção de soluções de modo coletivo pelos que irão se beneficiar dessas soluções e que atuam com autonomia, ou seja, não são apenas usuários de soluções importadas ou produzidas por equipes especialistas, a exemplo de muitas propostas das diferentes correntes da tecnologia apropriada. Uma definição de tecnologia social proposta pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS, 2004:130) é a seguinte: “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”.
No país, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentes de iniciativas meramente paliativas como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências possam ser uma base para a reconstrução do tecido social. Como diz Gaiger (1998), elas “constituiriam não uma frente pré-política, mas uma ação de fronteira, geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida econômica e social”.
Pode-se afirmar que a tecnologia social não é distinta da tecnologia convencional produzida pela empresa, intensiva em conhecimentos gerados em unidades de P&D, apenas em resultados a serem alcançados em termos de geração de postos de trabalho, redução do consumo de recursos naturais, promoção de auto-suficiência regional e local, entre outros. Difere também pela maneira como é produzida em que ressalta a participação efetiva dos que serão os seus pretensos beneficiados. A tecnologia social tem como elemento central a emancipação dos atores envolvidos, o que torna o seu processo de produção e utilização parte da construção do que Tenório (1998:19) denomina cidadania deliberativa, aquela na qual a “pessoa toma consciência da sua função como sujeito social, e não adjunto, e como tal passa a ter uma presença ativa e solidária nos destinos da sua comunidade”. Desse modo, a tecnologia social é um instrumento do desenvolvimento sustentável de modo autêntico, pois além da erradicação da pobreza e cuidado com o meio ambiente, ela promove a cidadania deliberativa, aspecto central da dimensão política desse novo modo de conceber o desenvolvimento. Nesse aspecto também difere demuitas correntes do movimento da tecnologia apropriada nos anos 1960/70, para as quais os beneficiados eram considerados usuários de soluções desenvolvidas com pouca ou nenhuma contribuição própria.
Fatores Críticos de Sucesso para a Criaçăo de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso
Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzí-los. Apesar de difícil quantificação, é preciso levar em consideração os balanços energéticos e de recursos (água, veículos, equipamentos, pessoas) necessários para a cadeia de reciclagem. É um problema de logística reversa que envolve aspectos sociais e ambientais, como se verá adiante. Essa cadeia deve ser planejada e organizada para mitigar os impactos negativos e gerar impactos positivos no ambiente.
No começo da década de 2000 a BASF, multinacional da indústria química, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para viabilizar novo processo de produção. A partir de uma necessidade corporativa, com intuito de ser mais competitiva no mercado, a BASF desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações sociais.
Neste estudo nos interessa a logística reversa de bens de pós-consumo descartáveis. Nesse caso, “havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20).
Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a organização consegue criar progressivamente as condições para superar as barreiras à concretização de suas estratégias.
Em 2002, o laboratório do setor de resinas da Suvinil de São Bernardo do Campo percebeu a viabilidade de se usar PET reciclado para a produção de resina alquídica. Como informaram seus responsáveis, o aproveitamento de PET para este fim já era conhecido, mas era inviável em função da qualidade inadequada das matérias-primas recicladas e da instabilidade e da falta de confiabilidade do fornecimento. A tecnologia de transformação de flocos de PET reciclado em resina estava praticamente desenvolvida, mas dependia da definição de um padrão viável de qualidade de matéria-prima reciclada para ser implementada. Ao mesmo tempo, sua adoção em regime de produção contínua dependia da viabilidade do fornecimento dentro deste padrão de qualidade, de logística e de volume. A solução surgiu da persistência de um grupo de pessoas da Suvinil que, de acordo com a estratégia da empresa, procurou a redução de custo sem descuidar dos aspectos socioambientais. Aliás, a oportunidade de conseguir uma vantagem econômica e, ao mesmo tempo, alcançar melhorias ambientais e sociais, motivou a equipe e abriu espaço para a sua atuação e experimentação dentro e fora da organização.
Janecléia Silva Hipólito Continuação... Tendo tomado conhecimento informalmente da oportunidade, foi a própria Clean Pet a procurar a Suvinil para oferecer seus produtos. Esta iniciativa se deveu a uma visão estratégica de longo prazo da Clean Pet, pois a BASFSuvinil representava um cliente de porte, confiável e uma possível futura referência para novos negócios. Esse pode ser citado como outro fator crítico para o sucesso desta cadeia de reciclagem. Uma empresa como a BASF é importante ponto de referência para o mercado dominado por relações inseguras. O BASF possui um código de conduta extremamente estruturado e eficaz, como comprovam suas certificações, prêmios recebidos e o próprio ambiente encontrado durante a pesquisa. Por outro lado, a maioria dos outros agentes deste setor são empresas pouco estruturadas, muitas informais, com reputações duvidosas, comportamento instável e, muitas vezes, oportunistas no sentido negativo do termo.
É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean Pet, diferentemente dos concorrentes, já estava tecnicamente preparada para atender à Suvinil. Segundo o gerente da Clean Pet, os sócios da IMPLAL são muito ativos na busca de novas tecnologias. Além disso, pelo depoimento do coordenador geral da Associação Reciclázaro, foi possível saber que estes mesmos sócios são muito ligados à Igreja da qual a associação depende. Segundo este coordenador, a ajuda destes empresários foi muito importante para a estruturação das atividades de reciclagem da associação. Estas atividades, que procuram tirar as pessoas carentes das ruas, geram reflexos na qualidade das garrafas recicladas que, como veremos adiante, tem papel central na viabilidade da cadeia de reciclagem em foco.
Uma das primeiras formas de concretizar esta política foi a de organizar a coleta de material reciclável de forma a torná-la economicamente factível e socialmente reformadora. Aos moradores de rua foi oferecida a oportunidade de trabalho estável e remunerado como recebedores e separadores de material reciclável em dependências vizinhas à igreja, desde que atendessem algumas exigências: não usassem mais as carroças, não fossem a lixões catar lixo, fossem morar em albergues ou repúblicas mantidos pela associação, e participassem das atividades voltadas à reestruturação social e familiar. A eliminação da carroça é conseqüência de uma visão de que é um trabalho indigno e reforça a exclusão social. A remuneração recebida por eles é proporcional ao material recolhido e a uma avaliação mensal de acordo com as condições acima. Hoje 60 pessoas são atendidas desta forma e não há mais moradores de rua nas redondezas.
Maria Aparecida Andrade Cruz Fatores Críticos de Sucesso para a Criação de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso
Apesar de ‘outras questões prementes’ não faltarem no Brasil, está se formando paulatinamente uma consciência cada vez maior da importância de se dar algum encaminhamento às questões sociais e ambientais que afligem a nossa sociedade. Esta consciência abre novas oportunidades para as organizações na medida em que pessoas se organizam para enfrentar esta realidade. ONGs, além de pressionar empresas e governos, procuram cada vez mais também oferecer soluções para serem desenvolvidas por meio de parcerias (Porter & Linde, 1995). Na indústria automobilística, por exemplo, o maior uso de plásticos e metais não ferrosos cria oportunidades de ganhos ambientais e econômicos pelo uso de modelos mais integrados de decisão sobre o projeto dos produtos, as cadeias de reciclagem e a tecnologia de recuperação dos materiais (Williams et al.,2007). As pequenas cooperativas de catadores, associações de classe,entidades filantrópicas, igrejas e outras ONGs, tem inúmeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos. Para que a condições essenciais se tornem realidade, há desafios estratégicos a serem enfrentados e a direção das empresas a serem competitivas é garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia e a criação e explicitação de tais estratégias é condição necessária,e não suficiente para o sucesso, bem como a implementação das estratégias encontra grandes barreiras.
Maria Aparecida Andrade Cruz A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. “Um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”.( Instituto de Tecnologia Social (ITS,2004:130). Putnam (2000:177) define capital como sendo “as características da organização social, como confiança, normas e sistemas que contribuem para aumentar a eficiência da sociedade, facilitando as ações coordenadas” O capital social um “conjunto de empreendimentos produtivos de iniciativa coletiva, com um certo grau de democracia interna e que remuneram o trabalho de forma privilegiada em relação ao capital, seja no campo ou na cidade” (Nascimento, 2004) Na concepção de Willoughby (1990), a tecnologia apropriada é aquela que deve se ajustar ou se adaptar a algum propósito ou uso específico, levando em conta à necessidade de examinar a apropriabilidade da tecnologia para cada situação específica, o mesmo acredita que a falta de critérios específicos faz com que a expressão tecnologia apropriada seja utilizada de modo indiscriminado, pois sempre a tecnologia estará sendo apropriada a alguma coisa. Por exemplo, a tecnologia das multinacionais, intensiva em capital e poupadora de postos de trabalhos, muito combatida pelos proponentes do movimento da tecnologia apropriada, é completamente apropriada a esse tipo de empresa e sob o contexto da acumulação capitalista. Segundo Dagnino,Brandão e Novaes (2004:56-57), após uma análise profunda do movimento da tecnologia apropriada mostram que as diversas correntes denotam um produto, não um processo, de acordo com uma visão claramente normativa, pois o movimento não conseguiu colocar em prática suas idéias por não ter explicitado como deveria ser organizado o processo e acreditam que a inovação não pode ser pensada em algo feito num lugar e aplicado em outro, mas como um processo desenvolvido no lugar onde essa tecnologia vai ser utilizada, pelos atores que irão utilizá-las, e enfatiza o processo de produção da tecnologia como sendo central para o conceito de tecnologia social, e a preocupação está voltada para a busca de eficiência dos projetos de P&D e de inovação, envolvendo gerenciamento de equipes, resolução de conflitos, priorização e seleção de projetos, melhoria da interação com outros autores do sistema nacional e local de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), entre outras questões gerenciais.
“As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos” (pág. 03).
“Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações sociais.” (pág. 04).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e origináriosde pós-consumo” (pág 04).
As embalagens (Pet) são numerosas ameaças ao meio ambiente, mas com a execução de projetos diminuem se esses impactos ambientais; outro fator é o movimento social que as empresas tem dificuldades em reciclar esse material por ser de valor baixo e gerar pouco lucro.
JEAN MARCOS CUSTODIO FIRME De acordo com Biderman et all, a licitação sustentável é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos. A licitação sustentável permite o atendimento das necessidades específicas dos consumidores finais por meio da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e a sociedade. A licitação sustentável é também conhecida como “compras públicas sustentáveis”, “eco aquisição”, “compras verdes”, “compra ambientalmente amigável” e “licitação positiva”. A sustentabilidade está relacionada com outros temas além das considerações ambientais, incluindo, entre outros, aspectos sociais e o comércio justo no mercado global, que não são abordados neste livro(BIDERMAN et all). Para Biderman et all, a licitação sustentável também ajuda as autoridades públicas a alcançarem os objetivos no tocante à minimização do impacto de resíduos, obrigatória por decorrência de várias leis. No Brasil, muitos exemplos podem ser dados. A promoção da aquisição de produtos de limpeza ambientalmente amigáveis pode ajudar a garantir os padrões de qualidade da água, explicitados na legislação ambiental brasileira. A compra de produtos florestais de origem certificada ou legalmente aceitável é outra forma de ajudar a cumprir a legislação florestal do país. A licitação sustentável não é uma solução cara. Pelo contrário, normalmente reduz o gasto do contribuinte. Tem um efeito positivo na economia nacional e regional porque, diferentemente dos regulamentos de comando e controle, a licitação sustentável usa forças eficientes de mercado, a instrução e a parceria para alcançar objetivos ambientais e, em muitos casos, sociais. A licitação sustentável ainda oferece à indústria a liberdade de descobrir a solução mais barata para satisfazer as demandas do mercado para produtos mais sustentáveis e promove a competição na indústria(BIDERMAN et all). Para cientificar os possíveis interessados em contratar com a administração pública são utilizados dois instrumentos: o edital e a carta-convite, onde constam todas as condições e exigências para contratação de um serviço ou aquisição de um bem, salvo quando há dispensa ou inexigibilidade da licitação, conforme dispõe o art. 37, XXI, da Constituição Federal. O argumento normalmente mais usado contra a licitação sustentável é que os produtos sustentáveis custam mais. Observando mais profundamente, tal generalização não mantém sua veracidade. Em muitos casos a alternativa mais sustentável está disponível pelo mesmo preço de compra que os produtos convencionais, ou por um preço marginal mais elevado. Produtos de TI (tecnologia da informação) eficientes sob o ponto de vista energético, por exemplo, geralmente não são mais caros que as alternativas menos eficientes, mesmo ignorando os custos reduzidos durante seu uso. No desenvolvimento do cronograma, a autoridade pública deve agir de forma prática e levar em conta tamanho, estrutura, recursos disponíveis e existência de experiência de licitação anterior. Tempo adicional deve ser reservado para medidas mais complexas, como, por exemplo, no setor de construção, onde tempo adicional poderá ser necessário para o processo de orçamentos. As autoridades devem estabelecer prazos internos relativos às medidas de implementação e procedimentos, bem como reservar tempo para revisões internas e relatórios (BIDERMAN et all).
BIDERMAN, Rachel;MACEDO, Laura Silvia Valente de;MONZONI, Mario;MAZON, Rubens.Guia de compras públicas sustentáveis: Uso do poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento sustentável.REALIZAÇÃO: ICLEI — Governos Locais pela Sustentabilidade, Secretariado para América Latina e Caribe (LACS) e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (GVces).
ResponderExcluirCitações Diretas
"Toda Vez que uma compra ou contratação pública é realizada são gastos recursos públicos para a aquisição de produtos ou contratações de serviços". Pág. 15
"A licitação sustentável é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos". Pág. 21
"Aquisições públicas podem ajudar a criar um
grande mercado para negócios sustentáveis, aumentando as margens de lucro dos
produtores por meio de economias de escala e reduzindo seus riscos. Além disso,
as autoridades públicas, atores poderosos do mercado, podem incentivar a inovação
e, conseqüentemente, estimular a competição da indústria, garantindo aos
produtores recompensas pelo melhor desempenho ambiental de seus produtos,
por meio da demanda do mercado ou de incentivos concretos" Pág.25
Citações Indiretas:
No Brasil o Governo é o misor comprador que movimenta cerca de 10% do PIB nacinal, nos maiores setores da economia, onde a compra de prodtuos e uso de serviços ligados a questões socioambientais crescem com muito êxito, visto que na própria legislação normativa brasileira há restrições por exemplo na compra de madeira da floresta amozônica, de forma clandestina. E o próprio Giverno já faz a promoção de licitações sustentávei, firmando um compromisso com as futuras gerações.
Por meio de decisões reponsáveis, com pouco tempo e recurso essa prática busca o estímulo aos fornecedores debens e serviços o entendimento e aceitação de um novo nicho, que é o do negócios sutentáveis aos compradores públicos locais e nacionais. Pois, seguindo essa prática uma das implicações seram os gastos extras nas compras que diminuirão, a fim de evitar deperdícios e economizar , sendo e excedente a ser reinvestido em outra área ou setor.
Esqueci de assinar.
ResponderExcluirMárcia Tomaz
NIVALDO - Continuação...
ResponderExcluir“Por meio dessa parceria, o Imaflora avalia e audita empreendimentos para obtenção da certificação FSC. O programa certifica o empreendimento florestal (empresa, produtor ou comunidade) que obtém seus produtos de acordo com o manejo sustentável (pg. 7).”
“As organizações certificadas pela NBR ISSO 14001 (ABNT, 2004) estão comprometidas com melhorias contínuas no desempenho ambiental; cumprimento de legislação ambiental; enfoque nos impactos ambientais significativos da organização e no trato com aqueles considerados mais substanciais; e a apresentação de relatório público sobre o desempenho ambiental da organização (BARBIERI, 2007) (pg. 8).”
CITAÇÕES INDIRETAS
Tendo em vista o conceito de desenvolvimento sustentável, disseminando-se fortemente nas últimas décadas, sobretudo após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (pg. 2).
Para as autoridades públicas as vantagens da licitação sustentável são: melhorias da imagem política pela demonstração do compromisso do estado com da qualidade ambiental; estimula com benefícios à economia local; minimização de custos com a economia em energia elétrica e água; redução da poluição do ar com uso de combustíveis mais limpo e promoção da educação ambiental, com iniciativas de políticas de conscientização sobre temas ambientais a comunidade (pg. 5).
VIVIANE DE ALMEIDA
ResponderExcluirCITAÇÕES DIRETAS
A Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as
conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos:
elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de
produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções
de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas
conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE
PROCUREMENT TASK FORCE, 2006). (p. 4)
No Manual Procura+ (ProcuraPlus), guia sobre critérios de sustentabilidade no
processo de compras públicas desenvolvido pelo ICLEI e muito utilizado por autoridades
públicas em toda a Europa, licitações sustentáveis é definida como sendo “[...] as aquisições
de produtos e serviços que resultarão em impactos positivos no âmbito social e no menor
impacto ambiental” (ICLEI, 2007). A metodologia desenvolvida pelo ICLEI na Europa para o
guia Procura+ prioriza seis grupos de produtos que possuem as seguintes características:
causam maior impacto ambiental; comprometem a maior parte dos orçamentos públicos;
podem ser inseridos em documentos de licitação; e apresentam alternativas equivalentes com
melhor desempenho ambiental. Esses grupos são: construção civil, eletricidade, equipamentos
de tecnologia da informação, ônibus, alimentação, produtos e serviços de limpeza. Os
critérios do Procura+ estão fundamentados em pesquisas científicas e se tornou um modelo
seguido em vários países desenvolvidos (ICLEI, 2009). (p. 4)
As vantagens da licitação sustentável para as autoridades públicas são: melhoria da
imagem política pela demonstração do compromisso do governo com da qualidade ambiental;
benefícios para a economia local; redução de custos com a economia em energia elétrica e
água; redução da poluição do ar com uso de combustível mais limpo e promoção da educação
ambiental, com aumento da conscientização sobre temas ambientais pela comunidade local. (p. 5)
VIVIANE DE ALMEIDA (CONTINUAÇÃO)
ResponderExcluirPara os principais serviços, foram realizados estudos a fim de revisar processos de
compras, resultando em 17 cadernos padronizados que receberam o selo socioambiental.
Esses cadernos abarcam 60% dos serviços contratados pelo Governo do Estado de São e os
servidores envolvidos no processo de licitação são obrigados a seguir as recomendações
disponíveis nos cadernos dos principais serviços contínuos, observando os seguintes critérios
socioambientais: fomento às políticas sociais; valorização da transparência da gestão;
economia no consumo de água e energia; minimização na geração de resíduos; racionalização
do uso de matérias-primas; redução da emissão de poluentes; adoção de tecnologias menos
agressivas ao meio ambiente e utilização de produtos de baixa toxicidade (COMPRAS
PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS, 2010). (p. 12)
CITAÇÕES INDIRETAS
A licitação sustentável nada mais é do que as compras públicas sustentáveis, integra
aspectos ambientais e sociais no processo de compra e contratação do governo. A licitação
sustentável está sendo cada vez mais usado, devido a seus beneficios a longo prazo para o meio ambiente, há inclusive legislação que trata de aspectos socioambientais em diversos municípios e estados brasileiros.
ISADORA DE SOUZA LOPES
ResponderExcluirTexto 1
Citações Diretas:
“Está cada vez mais claro para a direção das empresas que, para serem globalmente competitivas e continuar assim, é preciso garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 07)
“Há poucos incentivos para se fazer investimentos específicos elevados em desenvolvimento (de processos, produtos e parceiros) e em ativos (máquinas e instalações), visando melhorar os padrões de qualidade, de logística e socioambientais, para atender às necessidades de clientes específicos” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p. 12).
“É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean Pet, diferentemente dos concorrentes, já estava tecnicamente preparada para atender à Suvinil” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p. 13).
“As pessoas, condomínios e escolas são orientados para separar o lixo de forma a facilitar a seleção e a acumulá-lo para reduzir o transporte” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.16).
“O desempenho superior em relação a outras cadeias de reciclagem se deve principalmente a posturas responsáveis de todos os seus elos, desde a BASF-Suvinil até o colaborador da comunidade” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.17).
“Organizações que pretendem utilizar matérias-primas recicladas em seus processos podem melhorar suas chances de sucesso considerando, em suas estratégias, os fatores críticos de sucesso detectados nesta pesquisa” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.19).
Citações Indiretas:
Uma atitude organizacional que avigora e aponta as concordatas socioambientais também seduz e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até modifica a postura de parceiros já tradicionais. De tal modo, a empresa consegue criar progressivamente as classes para superar as dificuldades à concretização de suas estratégias.
Os principais consumidores são aproximadamente dez, em sua maior parte sucateiros. Os clientes finais, como, por exemplo, a Suvinil, exigem volumes, qualidade e condições acima da capacidade da Reciclázaro. A associação está ciente do rendimento potencial de abolir intermediários e está buscando unir-se com outras ONGs para estabelecer uma Venda Solidária, isto é, comercializar grandes lotes e de máximo valor agregado para usufrutuários um degrau por cima na cadeia.
A ligação da cadeia se ampara, em termos, na boa vontade dos indivíduos que contribuem ou que ministram financeiramente para dar estabilidade à empresa. Visivelmente possuem outras estruturas, amparada apenas de acordo como o mercado, que se sustêm, mas não conseguem os mesmos resultados sociais e ambientais.
Há destaques de que o fundamental fator de sucesso foi à visão estratégica, a iniciativa e capacidade gerencial das lideranças empresariais da BASF-Suvinil, Clean Pet e Associação Reciclázaro. As lideranças destas empresas tiveram relevância fundamental na avaliação das perspectivas da sociedade e no surgimento de um espaço propício à inovação e à pro-atividade com comprometimento de seus liderados e parceiros. Este ambiente é indicado com exemplos das lideranças, políticas, regras e estímulos corretamente divulgados.
ISADORA DE SOUZA LOPES
ResponderExcluirTexto 2
Citações Diretas:
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 02).
“Uma crítica frequente às concepções tecnológicas desse movimento baseia-se na suspeita de que ele contribuiria para congelar as diferenças entre países pobres e ricos, constituindo, instrumento dos últimos para manter os seus privilégios” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 05).
“Para a FBB a palavra tecnologia é entendida como “manifestação do conhecimento”, que pode ser um processo, método, técnica, produto ou mesmo um artefato, desenvolvido pelo meio acadêmico, pelo Estado ou proveniente do “saber popular”” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 09).
“Capital social, segundo Durston (2000), é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p.11).
“Enquanto a tecnologia social baseia-se no capital social, na economia solidária e na capacidade das comunidades locais de superarem seus próprios problemas, as tecnologias para a base da pirâmide baseiam-se nos recursos, no poder e na capacidade das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias [...]”(Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 23).
Citações Indiretas:
O ponto da tecnologia adequada é conceituá-la por forma das especialidades que ela necessita oferecer. Os predicados citados com mais freqüência são os consequentes: baixo investimento por posto de trabalho, baixo capital investido por unidade lançada, potencial de criação de empregos, simplicidade, pequena escala de produção, alto nível de adequabilidade ao ambiente sociocultural, auto-suficiência local e regional, economia na utilização de recursos naturais, prioridade pelo uso de recursos renováveis e controle social.
A inquietação com procedimento de produção da tecnologia social, ainda que não abstraia aparências gerenciais, volta-se com prioridade para a emancipação dos atuantes envolvidos, tendo no centro os produtores e usuários dessas tecnologias. De outra maneira, a tecnologia social insinua a construção de saídas de forma coletiva pelos que irão favorecer essas soluções e que operam com autonomia, ou seja, não são apenas usuários de soluções envolvidas ou produzidas por especialistas.
A pirâmide é uma maneira comum para bancar uma sociedade decomposta em classes sociais, na qual a menor quantia da população posicionada na cúpula detém a maior parte da riqueza e renda, enquanto a maioria fica na base possui uma parte menor em termos de riqueza e renda. Portanto, ao proferir base da pirâmide trata-se à maioria da população que em termos gerais é a menos beneficiada no processo de crescimento econômico e social. Globalmente falando, são bilhões de indivíduos que convivem precariamente, a maior parte fora dos países capitalistas ricos.
Jerusa J. Bezerra dos Santos.
ResponderExcluirA Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as
conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos:
elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de
produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções
de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas
conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE
PROCUREMENT TASK FORCE, 2006).(pág .04)
As vantagens da licitação sustentável para as autoridades públicas são:melhoria da imagem política pela demonstração do compromisso do governo com da qualidade ambienta; benefícios para a economia local; redução de custos com a economia em energia elétrica e água; redução da poluição do ar com uso de combustível mais limpo e promoção da educação
ambiental, com aumento da conscientização sobre temas ambientais pela comunidade local. (pág.05).
Para os principais serviços, foram realizados estudos a fim de revisar processos de
compras, resultando em 17 cadernos padronizados que receberam o selo socioambiental.
Esses cadernos abarcam 60% dos serviços contratados pelo Governo do Estado de São e os servidores envolvidos no processo de licitação são obrigados a seguir as recomendações disponíveis nos cadernos dos principais serviços contínuos, observando os seguintes critérios socioambientais: fomento às políticas sociais; valorização da transparência da gestão; economia no consumo de água e energia; minimização na geração de resíduos; racionalização do uso de matérias-primas; redução da emissão de poluentes; adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e utilização de produtos de baixa toxicidade (COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS, 2010). (pág. 12)
A licitação sustentável de compras públicas direciona aos aspectos socioambientais de compra do governo. A licitação é um processo de benefício quê dispõe de leis favoráveis ao meio ambiente e eleva a imagem do governo, seja municipal estadual e federal.
Maira Bernardes Bomfim
ResponderExcluirTEMA 9: Texto 1
CITAÇÃO DIRETA
“As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos” (Pág. 03).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e originários de pós-consumo” (Pág.04).
“Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais” (Pág. 10).
CITAÇÃO INDIRETA
O objetivo do estudo é mostrar os fatores críticos de sucesso para a criação de um processo sustentável de reciclagem que envolve a coordenação de muitos agentes econômicos e sociais. Para tal foi realizado um estudo exploratório de um caso que trouxe ganhos para todos os grupos de interesse, em especial para a sociedade.
De um modo geral, o trabalho trás questões como: barreiras encontradas, como foram superadas e extrai evidências sobre os fatores críticos de sucesso, sendo eles: visão estratégica e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada e estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada distribuição.
No começo da década de 2000 a BASF, uma multinacional do ramo químico, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para dar andamento ao novo processo de produção. A partir daí a empresa desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduziu custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais, além de contribuir para ações sociais. Foi por este motivo que esta empresa foi escolhida para ser o objeto de estudo, pois superou problemas que seus concorrentes não conseguiram superar.
A logística reversa de bens de pós- consumo descartável é um dos pontos principais do referencial teórico do texto, nesse caso, se houver condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de reciclagem industrial, no qual os materiais são reaproveitados e se fundam em matérias- primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo, no caso de não haver tais condições mencionadas, os produtos encontram seu destino final, ou seja, os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética.
Neste caso, com a análise dos resultados pode-se perceber que o principal fator de sucesso foi a visão estratégica, a iniciativa e a capacidade gerencial dos líderes das empresas BASF-Suvinil, Clean Pet e Associação Reciclázaro.
Há também evidencias de que essas organizações conseguiram construir uma estrutura de logística reversa sustentável, pois os agentes têm remuneração apropriada, a escala alcançada dá incentivos suficientes para se buscarem estruturas cada vez mais organizadas e formais e os compradores finais dão segurança aos outros agentes.
No caso estudado, criou-se uma rede em que praticamente todos os elos eram estruturas empresariais que buscavam eficiência e eficácia em suas atividades dentro de padrões de conduta socialmente responsáveis.
Maira Bernardes Bomfim
ResponderExcluirFichamento: Texto 2
CITAÇÃO DIRETA
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social” (Pág. 02).
“Uma crítica freqüente às concepções tecnológicas desse movimento baseia-se na suspeita de que ele contribuiria para congelar as diferenças entre países pobres e ricos, constituindo, instrumento dos últimos para manter os seus privilégios” (Pág. 05).
“A definição do ITS (2004) aponta os elementos fundamentais para a caracterização dessa concepção de tecnologia: é desenvolvida e praticada na interação com a população e apropriada por ela” (Pág. 08).
“A RTS foi lançada em abril de 2005 com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável mediante a difusão e a reaplicação em escala de tecnologias sociais” (Pág.10).
CITAÇÃO INDIRETA
O artigo discute os conceitos concernentes à tecnologia social em meio a globalização, em contraposição às propostas que defendem a adoção, pelas multinacionais, de estratégias organizacionais focadas na base da pirâmide social. O estudo é realizado através de um estudo de caso, previamente selecionado no banco de tecnologias sociais mantido pela Fundação Banco do Brasil, sendo também uma pesquisa de caráter qualitativo.
Diversas propostas e concepções tecnológicas denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais.
Esse movimento discutia a tecnologia dentro de considerações mais amplas do que a abordagem dominante, na época, na qual prevalecia a avaliação econômica e técnica realizada sob a ótica do capital. Essas concepções perderam força na década de 1980 devido a globalização e intensa competitividade entre países, regiões e empresas. Vale ressaltar que este movimento foi alvo de diversas críticas, pois para muitos autores a tecnologia apropriada era importante somente para que países pobres não aumentasse seu consumo, para desta forma poder sustentar o elevado padrão de consumo de países ricos.
Porém, com as consequências deixadas em termos de exclusão social e degradação ambiental, o movimento renasceu sob a denominação de tecnologias sociais, com amplo apoio de agências das Nações Unidas, de governos e da sociedade civil.
No estudo em questão, o objeto de estudo é uma minifábrica de castanha de caju,no município de Pascoal-CE, a entidade responsável pelo desenvolvimento da tecnologia é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical.
A tecnologia social desenvolvida, permite que produtores de castanha de caju sejam capazes de autogerir uma minifábrica, pois eles mesmos fazem o beneficiamento de das castanhas, deixando a agregação de valor com os próprios produtores e não mais com os intermediários e industrias mecanizadas. Com isso, os produtores deixam de vender o kg da castanha para os atravessadores por R$ 1,60 o kg e passam a vender por cerca de 4,00 dólares o kg para que o produto seja exportado.
As minifábricas com tecnologia Embrapa fazem parte do Módulo Agroindustrial Múltiplo, projeto criado para agrupar pequenos processadores de castanhas a uma unidade central, onde os trabalhos de embalagem, armazenagem e comercialização de amêndoas seriam otimizados.
Como resultado para a comunidade, tem-se que produzindo em associação, já conseguiram exportar 15 toneladas de amêndoas para os Estados Unidos, pois organizados em módulos é possível fechar um contêiner em 30 dias, se fosse para trabalhar isoladamente seria impossível a esses produtores competir no mercado externo.
TEXTO 1
ResponderExcluirLEANDRO CANTON DA SILVA
O aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas. As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET],especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos. Há inúmeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos. São pequenas cooperativas de catadores, associações de classe, entidades filantrópicas, igrejas e outras ONGs.
Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzi-los. Neste estudo nos interessa a logística reversa de bens de pós-consumo descartáveis. Nesse caso, “havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20).
A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada, classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo no longo prazo deve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminem na “disposição final”, poluindo o meio ambiente. Estas condições foram levantadas por Leite (2003, pp. 91-94).
As decisões estratégicas sobre as cadeias de reciclagem, por sua vez, afetam cada vez mais a competitividade das empresas, na medida em que há mais opções e as consequências de uma escolha são maiores. As atitudes, valores e ações da alta administração tenderão a formar a cultura em qualquer organização. Em particular, o executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42).
TEXTO 2
Diversas propostas e concepções tecnológicas genericamente denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais. Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social.
O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se acalorado no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o processo de degradação ambiental. Na realidade, a nova competitividade baseada em inovações organizacionais, alianças estratégicas e incorporação sistemática de novas tecnologias intensivas em P&D não deixou espaço para que outros tipos de propostas prosperassem, tornando-se o discurso e a prática empresarial e governamental dominantes.
A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias. Com base em debates e em amplo mapeamento promovido pelo ITS, as ideias a respeito da tecnologia social foram agrupadas em três categorias: princípios, parâmetros e implicações.
No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentes de iniciativas meramente paliativas como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências possam ser
uma base para a reconstrução do tecido social.
Lívia Fernanda Torres dos Santos
ResponderExcluir6º semestre
Texto 1: Fatores críticos de sucesso para a criação de um processo inovador sustentável de reciclagem: Um estudo de caso
CITAÇÕES DIRETAS
Havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20)(p.936)..
Um dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros (Leite, 2003, p. 17).
ONGs, além de pressionar empresas e governos, procuram cada vez mais também oferecer soluções para serem desenvolvidas por meio de parcerias (Porter & Linde, 1995)(p.938).
As decisões estratégicas sobre as cadeias de reciclagem, por sua vez, afetam cada vez mais a competitividade das empresas, na medida em que há mais opções e as conseqüências de uma escolha são maiores. No sentido de auxiliar essas decisões, Pagell, Wu e Murthy (2007) (p.938).
As atitudes, valores e ações da alta administração tenderão a formar a cultura em qualquer organização. Em particular, o executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42)(p.939).
CITAÇÕES INDIRETAS
A empresa conseguiu alcançar seus objetivos traçados, superou as barreiras viabilizando um projeto inovador, que envolveu a criação de uma cadeia de reciclagem, gerando benefícios econômicos, sociais e ambientais.
O fator de sucesso do projeto foi a visão estratégica, a iniciativa e a capacidade gerencial. As organizações envolvidas conseguiram construir uma estrutura de logística reversa sustentável. As pessoas envolvidas possuem remuneração adequada; a escala alcançada dá incentivos suficientes para se buscarem estruturas cada vez mais organizadas e formais e os compradores finais; dão segurança aos outros agentes.
Percebe-se evidências de que a reputação das organizações envolvidas e as condições definidas e impostas criaram as garantias e os incentivos necessários para atrair e manter os parceiros adequados aos objetivos da cadeia.
Organizações que pretendem utilizar matérias-primas recicladas em seus processos podem melhorar suas chances de sucesso considerando, em suas estratégias, os fatores críticos de sucesso detectados.
Lívia Fernanda Torres dos Santos
ResponderExcluirTexto 2: A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável
CITAÇÕES DIRETAS
Para Willoughby (1990) tecnologia apropriada pode ser definida em termos de princípios gerais. Nesse caso, a palavra apropriada significa que a tecnologia deve se ajustar ou se adaptar a algum propósito ou uso específico (p.1072).
Para muitos, tecnologia apropriada é sinônimo de tecnologia atrasada, superada pelos avanços sistematicamente proporcionados pela incorporação de novos conhecimentos gerados pelas atividades de P&D (p.1073).
A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias (p.1075).
Capital social, segundo Durston (2000), é o conjunto de normas, instituições e organizações que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis (p.1079).
O argumento de Prahalad (2005) que faz enorme sucesso no ambiente empresarial é o seguinte: a base da pirâmide é um mercado muito promissor e deve ser alvo das estratégias corporativas, pois conta com uma população enorme, que embora tenha receitas individuais diminutas, gera um montante global significativo (p.1080).
CITAÇÕES INDIRETAS
Na economia solidária e na capacidade das comunidades locais de superarem seus próprios problemas, as tecnologias para a base da pirâmide baseiam-se nos recursos, no poder e na capacidade das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias, elas possuem a meta de: perseguir permanentemente novas oportunidades de negócio onde quer que estejam, criando os meios apropriados para isso.
A tecnologia social pode ser mais produtiva e gerar produtos com mais qualidade do que a tecnologia industrial convencional operada por grandes empresas. Pois grande parte do fracasso das iniciativas do movimento da tecnologia apropriada deveu-se a falta de uma preocupação com essas questões, quando comparadas com os desempenhos elevados em termos de produtividade e qualidade proporcionados pela adesão maciça das empresas ao movimento da qualidade.
O movimento corre o mesmo risco observado com o que lhe antecedeu se não der atenção a esses parâmetros de gestão. E não se trata de render-se aos imperativos de mercado, mas uma exigência que decorre da necessidade de usar os recursos naturais da melhor forma possível, evitando todo tipo de desperdício. É importante a interação entre diversas instituições, para privilegiar os elos que são mais fracos da cadeia produtiva.
Uma das características mais peculiares da rede de reciclagem analisada é a de ter sido construída por meio de parceria entre uma empresa multinacional, pequenas indústrias de reciclagem mecânica de plásticos e organizações não governamentais que integram catadores de lixo.(pág 06)
ResponderExcluirUm dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (pág 06)
As organizações devem estar atentas e prontas para aproveitar oportunidades que surgem a todo o momento, antes que algum concorrente o faça. Muitas iniciativas empresariais sócio ambientais que não eram viáveis há pouco tempo, por problemas tecnológicos, econômicos ou comerciais,passam a sê-lo na medida em que o contexto muda e surgem consumidores dispostos a pagar, fornecedores oferecendo novos materiais e tecnologias.
De todo o PET reciclado no Brasil, 16% tem como destino o reprocessamento químico (ABIPET, 2006). Isto equivale a aproximadamente 27.800 toneladas/ano em 2005. A unidade de análise deste texto foi responsável pela reciclagem de aproximadamente 2.500 toneladas de PET neste mesmo ano. É provável, também, que tenha criado a base para o reaproveitamento similar de alguns milhares de toneladas a mais.
No trabalho apresentado a cadeia de fornecimento estudada se insere na estrutura essa
estrutura já existia antes do início do Projeto PET, mas não atendia às necessidades da Suvinil. Para alcançar seu objetivo a empresa influenciou, direta ou indiretamente.
Após o contato inicial entre a Suvinil e a Clean Pet, iniciou-se um processo de desenvolvimento de padrão de qualidade que envolvia principalmente a cor e a umidade do PET fornecido. Surpreendentemente, a Clean Pet já possuía, entreos diversos padrões que produzia, um que superava as necessidades da Suvinil. Este padrão era o destinado à IMPLAL, sua controladora. Assim, já que a Clean Pet era tecnicamente capaz, o desenvolvimento se concentrou na adequação da relação qualidade-custo e na logística.É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean.
Dentro do escopo deste trabalho, aprofundou-se a análise de como a Clean Pet
conseguiu montar uma rede de abastecimento de garrafas e embalagens PET com padrão de qualidade suficiente para viabilizar seus próprios padrões de qualidade e de preservação ambiental.
O primeiro desafio foi o da qualidade. A qualidade do material recebido pela Clean Pet impacta o seu processo produtivo de várias formas. Material muito sujo requer maior trabalho de seleção manual, aumenta o consumo de água,aumenta a quantidade de lama na estação de tratamento, diminui a eficiência do processo como um todo e aumenta os riscos de má qualidade.
Texto 1
ResponderExcluirHá inumeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos ( GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008, p.2)
De acordo com Giovannini e Krugliankas (2008,p. 2)o probelama de reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzi-los.
Uma das características mais peculiares da rede de reciclagem analisada é a de ter sido construída por meio de parceria entre uma empresa multinacional, pequenas indústrias de reciclagem mecânica de plasticos e organizações não governamentais que integram catadores de lixo ( GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008, p.6)
Um dos problemas enfrentados para criar uma cadeia para os produtos reciclaveis, é o da logistica reversa, tendo vista que não há condições logisticas, tecnológicas e econômicas para os produtos de pós-consumo (GIOVANNINI, KRUGLIANSKAS, 2008)
Segundo os autores, a idéia de que as empresas precisam ter preocupação estratégica na questão ambiental é fundamental para se manter competitivas em uma area mais global.
As ONGS, além de fazerem pressão e tentar obter respostas positivas na questão ambiental pelo governo, estão buscando parcerias para a solução das barreiras encontradas.
TEXTO 02
Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvida na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social (RODRIGUES, BARBIERI, 2008, p. 2)
Rodrigues e Barbieri (2008 p. 4) certos atributos ambientais foram incorporados em diversos modelos de gestão e de tecnologia, a exemplo do modelo de gestão ambiental denominado produção mais limpa (cleaner production) desenvolvido pelo Pnud e Onudi nos anos 1990, entre tantos outros.
Para muitos, tecnologia apropriada é sinônimo de tecnologia atrasada, superada pelos avanços sistematicamente proporcionados pela incorporação de novos conhecimentos gerados pelas atividades de P&D.
O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se intenso no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o
processo de degradação ambiental.
Na realidade, a nova competitividade baseada em inovações organizacionais, alianças estratégicas e incorporação sistemática de novas tecnologias
intensivas em P&D não deixou espaço para que outros tipos de propostas prosperassem, tornando-se o discurso e a prática empresarial e governamental
dominantes.
o fichmento acima é
ResponderExcluirVictor Caio F. Pereira
GILMARCOS JACQUES DE LIMA
ResponderExcluirAdministração – UFMS
6º semestre
SOBRE O TEXTO: Fatores Críticos de Sucesso para a Criação de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso.
SEGUE ABAIXO CITAÇÕES DIRETAS:
“O aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas. As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 933)
“Como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 934)
“Um dos desafios a serem superados para a criação de uma tal cadeia é o da logística reversa que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 936)
“A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo no longo prazodeve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminemna “disposição final”, poluindo o meio ambiente.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 936)
“Disponibilidade de material apropriado para reciclagem, isto é, abastecimento constante, nos volumes necessários para a produção e com qualidade adequada (Dobos & Richter, 2004, 2006; Listes & Dekker, 2005).” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 939)
“O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional da reciclagem. É líder na reciclagem de latas de alumínio e está em terceiro lugar na reciclagem mecânica de plásticos (Franco, 2005). Infelizmente esta liderança não se deve apenas a bons motivos. É também reflexo de situações de carência em que vivem muitas pessoas.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 940)
“A Associação Reciclázaro cria condições incluem a geração de renda, a reestruturação social e a reestruturação familiar. O objetivo é uma ação sustentável e não assistencialista.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 945).
“A cadeia de reciclagem precisa ter sentido econômico para se sustentar no longo prazo.” (Giovannini ;Kruglianskas, 2008, p. 949).
BEATRIZ DA SILVA PORTO - Texto 1
ResponderExcluirCitação Direta: “A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma
equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto
inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes
benefícios econômicos, sociais e ambientais.” (Pág. 04)
“Este texto se baseia em estudo de caso único, exploratório (ou descritivo).” (pág. 04)
“A unidade de análise é a cadeia de fornecimento que tem como elo comum a
unidade empresarial de tintas imobiliárias da BASF-Suvinil.” (Pág. 05)
“A revisão bibliográfica segue três vertentes que se entremeiam: a estruturação
de cadeias de logística reversa, a relação da reciclagem com a estratégia
empresarial e a operacionalização das estratégias que envolvem reciclagem.” (Pág. 06)
“havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas,
encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20).” (Pág. 06)
“Está cada vez mais claro para a direção das empresas que, para serem globalmente competitivas e continuar assim, é preciso garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia.” (Pág. 07)
“No que se refere à operacionalização das estratégias, a postura das lideranças
é fundamental.” (Pág. 09)
“Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a organização consegue criar progressivamente as condições para superar as barreiras à concretização de suas estratégias.” (Pág. 10)
“a oportunidade de conseguir uma vantagem econômica e, ao mesmo tempo, alcançar melhorias ambientais e sociais, motivou a equipe e abriu espaço para a sua atuação e experimentação dentro e fora da organização.” (Pág. 11)
“Pode-se afirmar que a imposição de critérios socioambientais nas formas de avaliação de fornecedores e colaboradores é um fator crítico de sucesso desta cadeia.” (Pág. 17)
BEATRIZ DA SILVA PORTO - Texto 1 - CONTINUAÇÃO
ResponderExcluirCitação Indireta: No começo do trabalho, é evidenciado de forma ampla o histórico de garrafas PET no Brasil e a porcentagem que era reciclada, sendo esse valor ínfimo perto da quantidade que era produzida.
Esse histórico foi feito pelo fato, de que o estudo de caso realizado pelos autores, trata da importância que essas garrafas possuem no processo de produção da empresa BASF, multinacional da indústria química, e da dificuldade que essa organização enfrentou para conseguir o material reciclado.
Em seguida, faz uma revisão bibliográfica em torno do assunto estudado, afirmando a importância da conscientização por parte dos gestores e como eles conseguem influenciar o restante dos colaboradores da organização. Além do mais, ressalva o poder que os consumidores possuem para cobrar que as empresas se preocupem mais com o meio ambiente, e uma das formas que os consumidores possuem para fazer isso, segundo o texto, é dando prioridade nas suas compras quando a empresa for ambientalmente correta, com isso, a concorrência perceberá o diferencial e passará a agir da mesma maneira.
Os autores fizeram um histórico geral de como a empresa Suvinil e a Clean Pet se conheceram e como realizaram um acordo, pensando sempre na qualidade do produto fornecido, no meio ambiente e na confiabilidade transmitida entre elas.
Ressalta também como a Clean Pet se relaciona com a sua fornecedora Associação Reciclázaro, e o porque essa foi um dos fornecedores escolhidos, demonstrando que, a cadeia como um todo possui uma preocupação não apenas ambiental, mas também social.
Com isso, ficou evidente que o sucesso dessas parcerias se deu por causa da visão e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada, estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada distribuição.
GILMARCOS JACQUES DE LIMA
ResponderExcluirAdministração – UFMS
6º semestre
SOBRE O TEXTO: A emergência da tecnologia social: revisitando o
movimento da tecnologia apropriada como estratégia
de desenvolvimento sustentável.
SEGUE ABAIXO CITAÇÕES DIRETAS:
“Um dos conceitos de tecnologia social atualmente em voga é o que
compreende produtos, técnicas ou metodologias replicáveis, desenvolvidas na
interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação
social.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1070).
“Diversos foram os motivos que propiciaram o surgimento do movimento da tecnologia apropriada (TA) nas décadas de 1960 e 1970. Entre esses motivos estava o desencanto e o ceticismo em relação aos processos de desenvolvimento praticados até então.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1071).
“A discussão sobre tecnologia nesses ambientes, via de regra, teve como base as tecnologias dos países desenvolvidos. As políticas públicas nos países não desenvolvidos visavam reduzir o atraso, daí a expressão política catching up”
“O debate a respeito da capacidade do planeta de suportar os processos de desenvolvimento tornou-se acalorado no início dos anos 1970 com o relatório do Clube de Roma, propondo o crescimento zero como forma de deter o processo de degradação ambiental.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1073).
“A ênfase no processo de produção da tecnologia é central para o conceito de tecnologia social. Aqui cabe um esclarecimento: no ambiente das tecnologias convencionais e muitas correntes da tecnologia apropriada também se verifica uma grande preocupação com o processo de produção da tecnologia.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1075).
“A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1075).
“As graves conseqüências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser compensadas por projetos paternalistas e compensatórios.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1079).
“O consumo cresce e com ele aumentam a emissão de poluentes, a demanda por energia, a geração de resíduos, alterando significativamente o clima do planeta. Se essa tendência se mantiver e a população atingir 10 bilhões até 2050, haverá a extinção dos recursos naturais.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1081).
“Se não der atenção a esses parâmetros de gestão. E não se trata de render-se aos imperativos de mercado, mas uma exigência que decorre da necessidade de usar os recursos naturais da melhor forma possível, evitando todo tipo de desperdício.” (Rodrigues;Barbieri, 2008, p. 1092).
Nivaldo de Souza Chaves Jr – 6° Semestre
ResponderExcluirTexto: Inovação Sustentável
CITAÇÕES DIRETAS
“No começo da década de 2000 a BASF, multinacional da indústria química, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para viabilizar novo processo de produção. A partir de uma necessidade corporativa, com intuito de ser mais competitiva no mercado, a BASF desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações sociais (p. 934).”
“A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais (pg. 934).”
“A escolha consciente de casos excepcionais é procedimento adequado para o estudo de caso, em função da oportunidade de se entender dinâmicas específicas, mas que podem trazer importantes lições para situações similares (Yin, 1994, p. 39) (p. 935).”
“A operacionalização de uma cadeia de reciclagem como a estudada − classificada como canal de distribuição reversa pós-consumo − no longo prazo deve atender a algumas condições essenciais, para que os materiais não terminem na “disposição final”, poluindo o meio ambiente (pg. 936).”
“Na indústria automobilística, por exemplo, o maior uso de plásticos e metais não ferrosos cria oportunidades de ganhos ambientais e econômicos pelo uso de modelos mais integrados de decisão sobre o projeto dos produtos, as cadeias de reciclagem e a tecnologia de recuperação dos materiais (Williams et al., 2007) (p. 938).”
“A tecnologia de transformação de flocos de PET reciclado em resina estava praticamente desenvolvida, mas dependia da definição de um padrão viável de qualidade de matéria-prima reciclada para ser implementada. Ao mesmo tempo, sua adoção em regime de produção contínua dependia da viabilidade do fornecimento dentro deste padrão de qualidade, de logística e de volume. A solução surgiu da persistência de um grupo de pessoas da Suvinil que, de acordo com a estratégia da empresa, procurou a redução de custo sem descuidar dos aspectos socioambientais (pg. 941).”
“Ficou claro que as características da liderança da IMPLAL e, por conseqüência da Clean Pet, tiveram forte influência sobre a capacitação desta última, confirmando, assim, as colocações de Porter e Linde (1995) e de Bennett et al. (1993), citadas anteriormente. O fato de que a Clean Pet se diferencia claramente de seus concorrentes em qualidade e em atuação responsável social e ambiental é uma evidência da influência que têm as iniciativas de suas lideranças (pg. 943).”
Continuação - Nivaldo Chaves Jr
ResponderExcluir“O mercado de tintas e o de reciclagem de PET são competitivos e, portanto, o
Projeto PET teve algum diferencial para se tornar um sucesso em todas as dimensões analisadas (pg. 948).”
CITAÇÕES INDIRETAS
O objetivo do estudo é mostrar os fatores críticos de sucesso para o desenvolvimento de um processo sustentável de reciclagem envolvendo a coordenação de muitos agentes econômicos e sociais. Sendo efetuado através de uma pesquisa exploratória de um caso excepcional que trouxe ganhos para todos os stakeholders, em especial para sociedade (p. 932).
O estudo traz como problema de caso o aumento do consumo de alimentos industrializados, o qual, acarreta o acumulo de grande volume de embalagens descartadas. Em específico as embalagens de polietileno tereftalato (PET), representando volume expressivo e tornando um problema ambiental sob vários aspectos (p. 933).
O trabalho teve como origem um estudo anterior sobre o tema abordado, inovação, desenvolvido na FEA-USP em 2005, o qual serviu neste trabalho como pesquisa exploratória preliminar (p. 935).
A Associação Reciclázaro surgiu há 9 anos pela iniciativa de um padre da Igreja católica – estrutura de coleta abastecida pelos fiéis e por outras pessoas da comunidade, diariamente dezenas de carros e utilitários param em frente à igreja para descarregar materiais já parcialmente separados, representando 70 a 80% da coleta da organização (p. 945).
Viviane de Almeida
ResponderExcluirTexto 1
CITAÇÕES DIRETAS
"Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material,
deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao
invés de reduzí-los. Apesar de difícil quantificação, é preciso levar em consideração
os balanços energéticos e de recursos (água, veículos, equipamentos, pessoas)
necessários para a cadeia de reciclagem. É um problema de logística reversa que
envolve aspectos sociais e ambientais, como se verá adiante. Essa cadeia deve
ser planejada e organizada para mitigar os impactos negativos e gerar impactos
positivos no ambiente." (pág. 933)
"A pergunta a que este texto procura responder é a de como e por que uma
equipe de grande empresa conseguiu superar as barreiras para viabilizar um projeto
inovador, envolvendo a criação de uma cadeia de reciclagem com grandes
benefícios econômicos, sociais e ambientais." (pág. 934)
"Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos
socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura
estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a
organização consegue criar progressivamente as condições para superar as
barreiras à concretização de suas estratégias." (940)
"O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional da reciclagem.
É líder na reciclagem de latas de alumínio e está em terceiro lugar na reciclagem
mecânica de plásticos (Franco, 2005). Infelizmente esta liderança não se deve
apenas a bons motivos. É também reflexo de situações de carência em que vivem
muitas pessoas. Assim, qualquer solução de reciclagem deste tipo de produto
deve passar pela análise de seus impactos sociais em função da importância da
atividade para pessoas carentes e pelo impacto ambiental secundário da atividade
dessas pessoas." (940)
CITAÇÕES INDIRETAS
Fatores críticos para o sucesso so projeto que interligava o mercado de tintas e o de reciclagem de PET foram sugeridos na
revisão bibliográfica e que foram confirmados no caso estudado.
Estes fatores são visão e comprometimento da alta administração, estrutura de logística reversa adequada e estrutura de negócio que garante resultados econômicos e sua adequada
distribuição.
MARCOS VINICIUS
ResponderExcluirNo Brasil, as compras e contratações realizadas pelos órgãos governamentais
movimentam cerca de 10% do PIB (ICLEI, 2009) e mobilizam setores importantes da
economia que se ajustam às demandas previstas nos editais de licitação. Portanto, é
fundamental que aspectos de sustentabilidade social e ambiental sejam considerados na
utilização dos recursos públicos.
Os PET reciclado no Brasil, 16% tem como destino o reprocessamento químico (ABIPET, 2006). Isto equivale a aproximadamente 27.800 toneladas/ano em 2005. A unidade de análise deste texto foi responsável pela reciclagem de aproximadamente 2.500 toneladas de PET neste mesmo ano. É provável, também, que tenha criado a base para o reaproveitamento similar de alguns milhares de toneladas a mais
“As pessoas, condomínios e escolas são orientados para separar o lixo de forma a facilitar a seleção e a acumulá-lo para reduzir o transporte” (Giovannini ;Kruglianskas; 2008, p.16).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e originários de pós-consumo” (Pág.04).
Os executivo chefe tenderá a ser muito importante em influenciar o comportamento da faixa seguinte de executivos, e assim por diante até os empregados de chão de fábrica (Welford, 1995, p. 42).
A Compra Pública Sustentável ou Licitação Sustentável deve considerar as conseqüências ambientais, sociais e econômicas dos seguintes aspectos: elaboração de projeto; utilização de materiais renováveis; métodos de produção; logística e distribuição; uso, operação, manutenção, reuso; opções de reciclagem; e o comprometimento dos fornecedores em lidar essas conseqüências ao longo de toda a cadeia produtiva (UK SUSTAINABLE PROCUREMENT TASK FORCE, 2006).
Viviane de Almeida
ResponderExcluirTexto 2
CITAÇÕES DIRETAS
"Outra abordagem à questão da tecnologia apropriada é
conceituá-la por meio das características específicas que ela deve apresentar.
Os atributos citados com mais freqüência são os seguintes: baixo investimento
por posto de trabalho, baixo capital investido por unidade produzida, potencial
de geração de empregos, simplicidade organizacional, pequena escala de
produção, alto grau de adaptabilidade ao ambiente sociocultural, auto-suficiência
local e regional, economia no uso de recursos naturais, preferência
pelo uso de recursos renováveis e controle social. (pág. 1072)
"Aqui cabe um
esclarecimento: no ambiente das tecnologias convencionais e muitas correntes
da tecnologia apropriada também se verifica uma grande preocupação com o
processo de produção da tecnologia, como se pode observar pela intensa produção
de textos sobre esse assunto na literatura sobre inovação tecnológica.
Porém, tal preocupação está voltada para a busca de eficiência dos projetos
de P&D e de inovação, envolvendo gerenciamento de equipes, resolução de
conflitos, priorização e seleção de projetos, melhoria da interação com outros
autores do sistema nacional e local de ciência, tecnologia e inovação (CT&I),
entre outras questões gerenciais." (pág. 1075)
"Outra instituição que tem atuado na área de tecnologia social é a Fundação
Banco do Brasil (FBB). Para a FBB a palavra tecnologia é entendida
como “manifestação do conhecimento”, que pode ser um processo, método,
técnica, produto ou mesmo um artefato, desenvolvido pelo meio acadêmico,
pelo Estado ou proveniente do “saber popular”." (pág. 1077)
"“As graves conseqüências do capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser compensadas por projetos paternalistas e compensatórios.” (pág. 1079)
CITAÇÕES INDIRETAS
O conceito de tecnologia social dado pelo texto não condiz com as
propostas desses autores em todos os parâmetros de análise, como a razão de
ser da tecnologia, os processos de tomada de decisão, o papel da população,
a apropriação dos conhecimentos gerados, entre outros. A tecnologia
social baseia-se no capital social, na economia solidária e na capacidade
das comunidades locais de resolverem seus próprios problemas, as tecnologias
para a base da pirâmide estão ligadas aos recursos, no poder e na capacidade
das multinacionais de investir em novos mercados e novas tecnologias, o papel dessas empresas é perseguir novas oportunidades de negócio onde quer que estejam, criando
os meios apropriados para tanto.
Acadêmica: Janecléia Silva Hipólito
ResponderExcluirA emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável
Existem Diversas propostas e concepções tecnológicas genericamente denominadas tecnologias apropriadas foram desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 como alternativas às tecnologias em uso nos países desenvolvidos, e transplantadas para os demais, principalmente por meio das empresas multinacionais. Um dos méritos desse movimento foi discutir a tecnologia dentro de considerações mais amplas do que a abordagem dominante, na qual prevalece a avaliação econômica e técnica realizada sob a ótica do capital. Essas concepções perderam força na década de 1980 diante dos processos de globalização da economia, conduzidos por intensa competitividade entre países, regiões e empresas. Porém, com as seqüelas deixadas em termos de exclusão social e degradação ambiental, o movimento ressurgiu, agora sob a denominação de tecnologias sociais, com amplo apoio de agências das Nações Unidas, de governos e de parte da sociedade civil.
O que se nota atualmente sobre tecnologia nesses ambientes, via de regra, teve como base as tecnologias dos países desenvolvidos. As políticas públicas nos países não desenvolvidos visavam reduzir o atraso, daí a expressão política catching up, muito usada para caracterizar as políticas científicas e tecnológicas desses países, que nutriam se da idéia da existência de um determinismo tecnológico resultante de uma ciência e tecnologia entendida como atividade neutra, cujo desenvolvimento não estaria condicionado por interesses e valores particularizados, já que esse desenvolvimento apresentaria um único sentido.
Janecléia Silva Hipólito
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A preocupação com processo de produção da tecnologia social, embora não prescinda de aspectos gerenciais, volta-se prioritariamente para a emancipação dos atores envolvidos, tendo no centro os próprios produtores e usuários dessas tecnologias. Dito de outro modo, a tecnologia social implica a construção de soluções de modo coletivo pelos que irão se beneficiar dessas soluções e que atuam com autonomia, ou seja, não são apenas usuários de soluções importadas ou produzidas por equipes especialistas, a exemplo de muitas propostas das diferentes correntes da tecnologia apropriada. Uma definição de tecnologia social proposta pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS, 2004:130) é a seguinte: “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das condições de vida”.
No país, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de economia solidária. Diferentes de iniciativas meramente paliativas como respostas emergenciais a situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências possam ser uma base para a reconstrução do tecido social. Como diz Gaiger (1998), elas “constituiriam não uma frente pré-política, mas uma ação de fronteira, geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida econômica e social”.
Pode-se afirmar que a tecnologia social não é distinta da tecnologia convencional produzida pela empresa, intensiva em conhecimentos gerados em unidades de P&D, apenas em resultados a serem alcançados em termos de geração de postos de trabalho, redução do consumo de recursos naturais, promoção de auto-suficiência regional e local, entre outros. Difere também pela maneira como é produzida em que ressalta a participação efetiva dos que serão os seus pretensos beneficiados. A tecnologia social tem como elemento central a emancipação dos atores envolvidos, o que torna o seu processo de produção e utilização parte da construção do que Tenório (1998:19) denomina cidadania deliberativa, aquela na qual a “pessoa toma consciência da sua função como sujeito social, e não adjunto, e como tal passa a ter uma presença ativa e solidária nos destinos da sua comunidade”. Desse modo, a tecnologia social é um instrumento do desenvolvimento sustentável de modo autêntico, pois além da erradicação da pobreza e cuidado com o meio ambiente, ela promove a cidadania deliberativa, aspecto central da dimensão política desse novo modo de conceber o desenvolvimento. Nesse aspecto também difere demuitas correntes do movimento da tecnologia apropriada nos anos 1960/70, para as quais os beneficiados eram considerados usuários de soluções desenvolvidas com pouca ou nenhuma contribuição própria.
Acadêmica: Janecléia Silva Hipólito
ResponderExcluirFatores Críticos de Sucesso para a Criaçăo de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso
Entretanto, o problema da reciclagem de PET, como de qualquer outro material, deve ser cuidadosamente avaliado para não gerar mais impactos ambientais ao invés de reduzí-los. Apesar de difícil quantificação, é preciso levar em consideração os balanços energéticos e de recursos (água, veículos, equipamentos, pessoas) necessários para a cadeia de reciclagem. É um problema de logística reversa que envolve aspectos sociais e ambientais, como se verá adiante. Essa cadeia deve ser planejada e organizada para mitigar os impactos negativos e gerar impactos positivos no ambiente.
No começo da década de 2000 a BASF, multinacional da indústria química, enfrentava o problema de obter matéria-prima reciclada para viabilizar novo processo de produção. A partir de uma necessidade corporativa, com intuito de ser mais competitiva no mercado, a BASF desenvolveu novo processo de obtenção de resina para a produção de tintas pela reciclagem de garrafas PET. Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações sociais.
Neste estudo nos interessa a logística reversa de bens de pós-consumo descartáveis. Nesse caso, “havendo condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos de pós-consumo retornam por meio do canal reverso de ‘reciclagem industrial’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de não haver as condições mencionadas, encontram a ‘disposição final’: os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética” (Leite, 2003, p. 20).
Uma postura organizacional que reforça e explicita os compromissos socioambientais também atrai e fideliza parceiros que tenham a mesma postura estratégica e até transforma a postura de parceiros já tradicionais. Assim, a organização consegue criar progressivamente as condições para superar as barreiras à concretização de suas estratégias.
Em 2002, o laboratório do setor de resinas da Suvinil de São Bernardo do Campo percebeu a viabilidade de se usar PET reciclado para a produção de resina alquídica. Como informaram seus responsáveis, o aproveitamento de PET para este fim já era conhecido, mas era inviável em função da qualidade inadequada das matérias-primas recicladas e da instabilidade e da falta de confiabilidade do fornecimento. A tecnologia de transformação de flocos de PET reciclado em resina estava praticamente desenvolvida, mas dependia da definição de um padrão viável de qualidade de matéria-prima reciclada para ser implementada. Ao mesmo tempo, sua adoção em regime de produção contínua dependia da viabilidade do fornecimento dentro deste padrão de qualidade, de logística e de volume. A solução surgiu da persistência de um grupo de pessoas da Suvinil que, de acordo com a estratégia da empresa, procurou a redução de custo sem descuidar dos aspectos socioambientais. Aliás, a oportunidade de conseguir uma vantagem econômica e, ao mesmo tempo, alcançar melhorias ambientais e sociais, motivou a equipe e abriu espaço para a sua atuação e experimentação dentro e fora da organização.
Janecléia Silva Hipólito
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Tendo tomado conhecimento informalmente da oportunidade, foi a própria Clean Pet a procurar a Suvinil para oferecer seus produtos. Esta iniciativa se deveu a uma visão estratégica de longo prazo da Clean Pet, pois a BASFSuvinil representava um cliente de porte, confiável e uma possível futura referência para novos negócios. Esse pode ser citado como outro fator crítico para o sucesso desta cadeia de reciclagem. Uma empresa como a BASF é importante ponto de referência para o mercado dominado por relações inseguras. O BASF possui um código de conduta extremamente estruturado e eficaz, como comprovam suas certificações, prêmios recebidos e o próprio ambiente encontrado durante a pesquisa. Por outro lado, a maioria dos outros agentes deste setor são empresas pouco estruturadas, muitas informais, com reputações duvidosas, comportamento instável e, muitas vezes, oportunistas no sentido negativo do termo.
É importante, para o objetivo deste trabalho, salientar como e por que a Clean Pet, diferentemente dos concorrentes, já estava tecnicamente preparada para atender à Suvinil. Segundo o gerente da Clean Pet, os sócios da IMPLAL são muito ativos na busca de novas tecnologias. Além disso, pelo depoimento do coordenador geral da Associação Reciclázaro, foi possível saber que estes mesmos sócios são muito ligados à Igreja da qual a associação depende. Segundo este coordenador, a ajuda destes empresários foi muito importante para a estruturação das atividades de reciclagem da associação. Estas atividades, que procuram tirar as pessoas carentes das ruas, geram reflexos na qualidade das garrafas recicladas que, como veremos adiante, tem papel central na viabilidade da cadeia de reciclagem em foco.
Uma das primeiras formas de concretizar esta política foi a de organizar a coleta de material reciclável de forma a torná-la economicamente factível e socialmente reformadora. Aos moradores de rua foi oferecida a oportunidade de trabalho estável e remunerado como recebedores e separadores de material reciclável em dependências vizinhas à igreja, desde que atendessem algumas exigências: não usassem mais as carroças, não fossem a lixões catar lixo, fossem morar em albergues ou repúblicas mantidos pela associação, e participassem das atividades voltadas à reestruturação social e familiar. A eliminação da carroça é conseqüência de uma visão de que é um trabalho indigno e reforça a exclusão social. A remuneração recebida por eles é proporcional ao material recolhido e a uma avaliação mensal de acordo com as condições acima. Hoje 60 pessoas são atendidas desta forma e não há mais moradores de rua nas redondezas.
Maria Aparecida Andrade Cruz
ResponderExcluirFatores Críticos de Sucesso para a Criação de um Processo Inovador Sustentável de Reciclagem: um Estudo de Caso
Apesar de ‘outras questões prementes’ não faltarem no Brasil, está se formando paulatinamente uma consciência cada vez maior da importância de se dar algum encaminhamento às questões sociais e ambientais que afligem a nossa sociedade. Esta consciência abre novas oportunidades para as organizações na medida em que pessoas se organizam para enfrentar esta realidade. ONGs, além de pressionar empresas e governos, procuram cada vez mais também oferecer soluções para serem desenvolvidas por meio de parcerias (Porter & Linde, 1995).
Na indústria automobilística, por exemplo, o maior uso de plásticos e metais não ferrosos cria oportunidades de ganhos ambientais e econômicos pelo uso de modelos mais integrados de decisão sobre o projeto dos produtos, as cadeias de reciclagem e a tecnologia de recuperação dos materiais (Williams et al.,2007).
As pequenas cooperativas de catadores, associações de classe,entidades filantrópicas, igrejas e outras ONGs, tem inúmeras atividades voluntárias e iniciativas sociais que se dedicam a recolher embalagens PET e que procuram apoio para seus projetos e clientes para seus produtos.
Para que a condições essenciais se tornem realidade, há desafios estratégicos a serem enfrentados e a direção das empresas a serem competitivas é garantir que a questão ambiental esteja no centro de sua estratégia e a criação e explicitação de tais estratégias é condição necessária,e não suficiente para o sucesso, bem como a implementação das estratégias encontra grandes barreiras.
Maria Aparecida Andrade Cruz
ResponderExcluirA emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável.
“Um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para a inclusão social e melhoria das
condições de vida”.( Instituto de Tecnologia Social (ITS,2004:130).
Putnam (2000:177) define capital como sendo “as características da organização social, como confiança, normas e sistemas que contribuem para aumentar a eficiência da sociedade, facilitando as ações coordenadas”
O capital social um “conjunto de empreendimentos produtivos de iniciativa coletiva, com um certo grau de democracia interna e que remuneram o trabalho de forma privilegiada em relação ao capital, seja no campo ou na cidade” (Nascimento, 2004)
Na concepção de Willoughby (1990), a tecnologia apropriada é aquela que deve se ajustar ou se adaptar a algum propósito ou uso específico, levando em conta à necessidade de examinar a apropriabilidade da tecnologia para cada situação específica, o mesmo acredita que a falta de critérios específicos faz com que a expressão tecnologia apropriada seja utilizada de modo indiscriminado, pois sempre a tecnologia estará sendo apropriada a alguma coisa. Por exemplo, a tecnologia das multinacionais, intensiva em capital e poupadora de postos de trabalhos, muito combatida pelos proponentes do movimento da tecnologia apropriada, é completamente apropriada a esse tipo de empresa e sob o contexto da acumulação capitalista.
Segundo Dagnino,Brandão e Novaes (2004:56-57), após uma análise profunda do movimento da tecnologia apropriada mostram que as diversas correntes denotam um produto, não um processo, de acordo com uma visão claramente normativa, pois o movimento não conseguiu colocar em prática suas idéias por não ter explicitado como deveria ser organizado o processo e acreditam que a inovação não pode ser pensada em algo feito num lugar e aplicado em outro, mas como um processo desenvolvido no lugar onde essa tecnologia vai ser utilizada, pelos atores que irão utilizá-las, e enfatiza o processo de produção da tecnologia como sendo central para o conceito de tecnologia social, e a preocupação está voltada para a busca de eficiência dos projetos de P&D e de inovação, envolvendo gerenciamento de equipes, resolução de conflitos, priorização e seleção de projetos, melhoria da interação com outros autores do sistema nacional e local de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), entre outras questões gerenciais.
Jerusa J. Bezerra dos Santos
ResponderExcluir“As embalagens de Polietileno Tereftalato [PET], especificamente, representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos” (pág. 03).
“Esse projeto obteve sucesso empresarial e reconhecimento público, reduzindo custos industriais, motivando funcionários, reduzindo impactos ambientais e contribuindo para ações
sociais.” (pág. 04).
“Entretanto, mesmo com o crescimento do movimento pela responsabilidade
social das empresas, há ainda inúmeras dificuldades para se estruturar uma cadeia
de logística reversa para a reciclagem de materiais de baixo valor e origináriosde
pós-consumo” (pág 04).
As embalagens (Pet) são numerosas ameaças ao meio ambiente, mas com a execução de projetos diminuem se esses impactos ambientais; outro fator é o movimento social que as empresas tem dificuldades em reciclar esse material por ser de valor baixo e gerar pouco lucro.
JEAN MARCOS CUSTODIO FIRME
ResponderExcluirDe acordo com Biderman et all, a licitação sustentável é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo da compra e contratação dos agentes públicos (de governo) com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos. A licitação sustentável permite o atendimento das necessidades específicas dos consumidores finais por meio da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e a sociedade. A licitação sustentável é também conhecida como “compras públicas sustentáveis”, “eco aquisição”, “compras verdes”, “compra ambientalmente amigável” e “licitação positiva”.
A sustentabilidade está relacionada com outros temas além das considerações ambientais, incluindo, entre outros, aspectos sociais e o comércio justo no mercado global, que não são abordados neste livro(BIDERMAN et all).
Para Biderman et all, a licitação sustentável também ajuda as autoridades públicas a alcançarem os objetivos no tocante à minimização do impacto de resíduos, obrigatória por decorrência de várias leis.
No Brasil, muitos exemplos podem ser dados. A promoção da aquisição de produtos de limpeza ambientalmente amigáveis pode ajudar a garantir os padrões de qualidade da água, explicitados na legislação ambiental brasileira. A compra de produtos florestais de origem certificada ou legalmente aceitável é outra forma de ajudar a cumprir a legislação florestal do país.
A licitação sustentável não é uma solução cara. Pelo contrário, normalmente reduz o gasto do contribuinte. Tem um efeito positivo na economia nacional e regional porque, diferentemente dos regulamentos de comando e controle, a licitação sustentável usa forças eficientes de mercado, a instrução e a parceria para alcançar objetivos ambientais e, em muitos casos, sociais. A licitação sustentável ainda oferece à indústria a liberdade de descobrir a solução mais barata para satisfazer as demandas do mercado para produtos mais sustentáveis e promove a competição na indústria(BIDERMAN et all).
Para cientificar os possíveis interessados em contratar com a administração pública são utilizados dois instrumentos: o edital e a carta-convite, onde constam todas as condições e exigências para contratação de um serviço ou aquisição de um bem, salvo quando há dispensa ou inexigibilidade da licitação, conforme dispõe o art. 37, XXI, da Constituição Federal.
O argumento normalmente mais usado contra a licitação sustentável é que os produtos sustentáveis custam mais. Observando mais profundamente, tal generalização não mantém sua veracidade. Em muitos casos a alternativa mais sustentável está disponível pelo mesmo preço de compra que os produtos convencionais, ou por um preço marginal mais elevado. Produtos de TI (tecnologia da informação) eficientes sob o ponto de vista energético, por exemplo, geralmente não são mais caros que as alternativas menos eficientes, mesmo ignorando os custos reduzidos durante seu uso.
No desenvolvimento do cronograma, a autoridade pública deve agir de forma prática e levar em conta tamanho, estrutura, recursos disponíveis e existência de experiência de licitação anterior. Tempo adicional deve ser reservado para medidas mais complexas, como, por exemplo, no setor de construção, onde tempo adicional poderá ser necessário para o processo de orçamentos. As autoridades devem estabelecer prazos internos relativos às medidas de implementação e procedimentos, bem como reservar tempo para revisões internas e relatórios (BIDERMAN et all).